Vó Ilda: a benzedeira

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Categorias: , , SKU: 978-85-524-0242-8

Descrição

Autora: Célia da Costa

ISBN: 978-85-524-0242-8

Páginas: 100 il.

Peso: 172g

Ano: 2022

15x21cm
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Vó Ilda, nascida Ilda Martinha Vieira, não se sabe direito quantos anos viveu, mas foi em torno de um século. Sempre acordou com o canto do galo no Pântano do Sul, na Ilha de Santa Catarina. Acendia o fogão a lenha, fazia seu café e assava bananas, pois logo começavam a chegar as pessoas em busca de ajuda para suas feridas, dores do corpo e da alma. Mais um dia de benzeduras para curar mau olhado, zipra, cobreiro e por aí vai. Um galhinho verde, uns raminhos de laranjeira, e, com seu falar baixinho e cantadinho típico dos descendentes de açorianos, benze três vezes antes do sol nascer. São ervas, chás e a reza para que Deus interceda e a cura venha logo para aliviar o sofrimento. No final, aconselha o enfermo a colocar um galhinho de arruda embaixo do travesseiro e rezar para o seu anjo da guarda. Assim, socorria bebês, crianças, mulheres, homens, vindos de todo o nosso país e do exterior, gente simples e também empoderada.
Passeava e visitava os vizinhos para uma boa conversa, também o tradicional restaurante de seu irmão Dedé Arante, o famoso Bar do Arante, lá no “lugar” mesmo, que é como se referiam ao lindo povoado. Além de benzedeira, fazia renda, aprendida aos 7 anos, com fio de laranjeira e pauzinho de cafeeiro, depois na almofada com bilros. Muito alegre, recitava versinhos nas cirandas, nas ratoeiras e no Pão por Deus, dançava e cantava, músicas religiosas, cantigas de roda e ratoeira, enquanto escalava o peixe, colhia café, organizava a casa e fazia renda.
Casada com Vô Alípio, teve seis filhos, dezesseis netos e sete bisnetos, e é uma neta, Célia da Costa, quem imortaliza neste livro a sua memória.
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Sou Célia da Costa, professora, apaixonada por histórias principalmente aquelas que são contadas de pais para filhos, compartilhando conhecimentos, sonhos e crendices. Descendente de açorianos, nasci e vivo em Florianópolis, mais precisamente no bairro do Pântano do Sul, comunidade de benzedeiras, pescadores, rendeiras e de belezas naturais. Aqui aprendi a amar a cultura local, o jeito de ser, de falar, de viver a vida com a leveza e sabedoria das coisas simples. Gosto de registrar nas histórias que escrevo um pouco de tudo isso, pois falar da cultura da minha gente é falar da minha história, das minhas raízes, dos meus ancestrais. É falar da fé, da crendice popular, das benzedeiras, das curas, da pesca, do sol, do mar, da praia. É falar da renda, da rede, do Boi de Mamão, do Terno de Reis, da Festa do Divino Espírito Santo. É falar de Florianópolis e sua magia. É deixar registrado para que não seja jamais esquecido.

Informação adicional

Peso 270 g
Dimensões 15 × 21 cm

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