O documentário: diferentes formas de narrar o real

R$59,00

Categoria: SKU: 978-85-524-0447-7

Descrição

Autor: Henrique Finco
ISBN: 978-85-524-0447-7
Páginas: 194
Peso: 305g
Ano: 2024
16×23 cm
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Este livro discute as complexas relações entre a realidade e sua representação no Cinema Documentário, questão que sempre esteve presente neste campo desde seu surgimento.
Uma questão subjacente a esta pode ser expressada pela pergunta o que é a realidade? E como narrar isto na forma fílmica?
Compreendendo que também fazem parte da realidade as dimensões religiosas, os universos mitológicos, as lembranças, as subjetividades dos autores e dos representados, entre outros aspectos intangíveis, fica a questão: como filmar isto, se “cinema é mostração” ou, como diz Jorge Furtado, … na linguagem audiovisual toda a informação deve ser visível ou audível… É possível narrar a subjetividade do autor, por exemplo? Como encaixar isto em um filme? E o Tempo, as Memórias, o Perigo, como filmar isto, como filmar o que é invisível aos olhos?
Estas são questões candentes para o campo do Cinema Documentário, que se coloca como missão ser a representação mais fiel possível da realidade. Será que isto é fadado ao fracasso?
Para tentar compreender isto, escolhemos dois filmes de um mesmo autor, João Moreira Salles, com estratégias narrativas muito diferentes, que são Notícias de Uma Guerra Particular (1999) e Santiago (2007).
Em Notícias, o que define a narrativa são acontecimentos factuais, divididos em diferentes blocos, com o que Fernão Ramos chama de “cicatriz da tomada”, e que André Bazin chama de “imagem intensa”. É um documentário com uma estrutura narrativa que lembra a reportagem televisiva.
Já Santiago tem uma estratégia narrativa bem mais complexa, com diferentes vozes se sobrepondo e onde a presença do autor tornou-se fundamental para que o filme pudesse acontecer.
Boa leitura!
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“O que une as diferentes formas de representação, e que acaba por ser o cimento do domínio do cinema documentário, é a dimensão ética: o que todas estas diferentes representações têm em comum é (ou deveria ser) o respeito ao objeto representado e ao público espectador. Mas mesmo esta ética é mutante. O que era aceitável décadas atrás, hoje pode não o ser – e vice-versa.
“Com isto, temos um objeto – o filme documentário – em constante transformação, o que impede que ele seja precisamente definido, embora possa ser descrito, esforço ao qual nos dedicamos aqui.”
Henrique Finco
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Henrique Finco é professor e um dos fundadores do Curso de Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde tem atuado no campo do Cinema Documentário e na área de fotografia.
É graduado em Jornalismo pela Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e tem Mestrado em Antropologia pela UFSC, na linha de Antropologia Urbana, tendo feito um estudo de caso envolvendo a publicidade da empresa Benetton, dos anos 1990.
Seu doutorado é em Literatura, também pela UFSC, onde fez um estudo de caso de filmes documentários que utilizam diferentes estratégias narrativas para dar conta de diferentes dimensões do que se convencionou chamar de “realidade”. Este livro, embora tenha como base sua tese de doutorado, tem acréscimos, revisões e um menor número de páginas.

Informação adicional

Dimensões 16 × 23 cm

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