Jornalismo para tablets: pesquisa e prática

R$36,00

14 em estoque

Categoria: SKU: 978-85-7474-732-3

Descrição

Organizadoras:
Rita Paulino e Vivian Rodrigues

ISBN: 978-85-7474-732-3
Páginas: 176 il.
Peso: 250g
Ano: 2013
Capa e projeto gráfico: Valmor Fritsche

Os avanços e a popularização das tecnologias desafiam e provocam uma revolução em todas as áreas da sociedade. No meio editorial e jornalístico, não podia ser diferente, uma revolução aconteceu nos modos de produção e novas formas de comunicar começam a surgir com o advento das tecnologias mobile.


Convivemos atualmente com um novo meio para transferir informações, os tablets. Esses equipamentos concentram possibilidades de mesclar os recursos de visualização de mídia impressa com o lado interativo da mídia online. É uma nova mídia que começa a ser explorada pela área do jornalismo. As possibilidades de apresentar um conteúdo didático interativo são inimagináveis, de tal forma que o conteúdo possa se apresentar de forma lúdica e de fácil assimilação.


Este livro faz uma dialética entre a pesquisa e a prática do uso de conteúdo interativo na área do Jornalismo. E mais importante do que aprender a prática e o processo de produção é entender as possibilidades interativas que podem tornar um conteúdo mais dinâmico e interessante. Este sim é o desafio para os jornalistas: conhecer as possibilidades do mundo digital e aplicar novas ideias em sua rotina de trabalho.

SUMÁRIO

ROGERIO CHRISTOFOLETTI – Prefácio
RITA PAULINO – Introdução

RITA PAULINO –
Conteúdo digital interativo para tablets, -ipad: uma forma híbrida de conteúdo digital

VIVIAN RODRIGUES OLIVEIRA
Uma proposta de categorias de qualidade avaliação para interfaces jornalísticas em tablets,

JULIANA GOMES, VIVIAN RODRIGUES
Zero InterativoI: uma releitura exclusiva para tablets, do jornal laboratório Zero


BÁRBARA AVRELLA, LÍVIA VIEIRA, MAICO VOGEL
Zero InterativoII: teste de usabilidade para tablets,


LÚCIO BAGGIO, LALO HOMRICH E FABÍOLA THIBES

Novas formas de radiofonia: a adaptação de um programa de rádio para tablet


MARIANA CIRÉ DE TOLEDO E MARIANE PIRES VENTURA
Sinale: uma nova concepção de revista tabletpara surdos

BRUNO DA SILVA BATISTON E GIOVANNI BATTISTA BELLO NETO

Jornalismo para tablets, : a dialética entre pesquisa e prática,
experiências desenvolvidas na universidade

JOICE ANDREIA BALBOA

Arvoredo – Beleza e mistério: um processo de adaptação


GIOVANNI BELLO, LAÍS SOUZA, THAIS JORDÃO, TAYNARA MACEDO

Exposição Ticuna em Dois Tempos: experimentando no formato tablet

AMANDA MELO; BRUNO BATISTON
A importância de uma linguagem própria: um estudo de caso em tablets,


CLÁUDIA SCHAUN REIS

Publicações para tablets, : mundos na ponta dos dedos
Referências

Autores

Vire a página; ou deslize o dedo


A sala está escura e o homem permanece sentado à frente de uma mesa onde repousam velas acesas e um estranho objeto. Um livro. A época é facilmente percebida, dadas as vestes do homem, seu corte de cabelo, a iluminação precária e a própria natureza do livro.
O homem parece aborrecido, apoiando seu queixo nas mãos. Está diante de um impasse. Mais bem vestido e resoluto, um segundo homem abre a porta e pergunta qual é o problema: “É esta coisa”, responde o enfadado.


Os próximos dois minutos da cena trarão o segundo homem “ensinando” o primeiro a como mexer naquele desconhecido aparato. Abrir o volume, fechá-lo, virar suas páginas. Os comandos também passam pela sequência correta de leitura e pela certeza de que os conteúdos permanecerão ali guardados, mesmo que se feche o livro.

Certamente, você já deve ter assistido a esse videozinho no YouTube. É uma divertida brincadeira com help desk,
tutoriais e o conhecido medo de uma pessoa comum diante de uma tecnologia revolucionária. Também é certo que em algum momento da vida, você tenha agido como um dos homens da Idade Média que se deparam com este objeto transcendente, “a quem podemos devotar um amor táctil”, como já cantou Caetano Veloso em “Livros”. É o receio de como funciona, e o fascínio ao vê-lo operar.


O livro que você tem em mãos também trata de objetos igualmente fascinantes. Os tablets, nos permitem ler, assistir a vídeos, ouvir músicas, jogar, intagir com pessoas, conectar-se com universos de possibilidades.
Como os velhos e ainda maravilhosos livros!


Jornalismo para tablets, , no entanto, não se resume a um mapa da mina
para quem quer usar melhor a sua “tabuinha”. A meu ver, a obra cumpre dois propósitos: oferecer conteúdo sobre um tema ainda carente de
bibliografia no Brasil, e aliar ensino e pesquisa. O que Rita Paulino e Vivian Rodrigues reunem nas páginas a seguir é um conjunto que pensa
e explora a novidade dos tablets, . Quer dizer: refletem sobre as possibilidades de comunicação desses dispositivos móveis, relatam experiências
já feitas com eles, comparam caminhos percorridos por outros curiosos,
propõem novas jornadas. Na medida em que oferecem ao público um
punhado de ideias, também possibilitam conhecermos o que se vem fazendo de mais atual na pesquisa aplicada sobre jornalismo e tablets, .

Mas é importante também ressaltar que a maior parte dos capítulos
que compõem esse volume surgiram nas salas de aula da graduação e
da pós-graduação, num autêntico movimento que aglutinava gente interessada pelas maravilhas que essas “tabuinhas” podem fazer. As organizadoras souberam não apenas incentivar os demais autores a relatarem
– com transparência e generosidade – seus achados, mas também conseguiram extrair as melhores parcelas de algo inapreensível, mas também
muito mágico: o conhecimento, originado do trabalho árduo de estudo
e de aplicação.

Nem me atrevo a discutir aqui o futuro dos tablets, ou dos livros. Isso
pouco importaria para o momento. Mais relevante é percorrer com os
autores as trilhas deixadas ao longo das próximas páginas. Elas podem
inspirar novos trabalhos, incentivar na busca de algumas linguagens,
perseguir outros sentidos.

Você não tem um tablet ainda? Isso também pouco importa. No final
das contas, os autores não estão preocupados com telas e botões, mas
com algo que – isso sim! – é essencial: a leitura; e por extensão a escrita, a
produção de novos códigos e significados. A indústria da tecnologia pode
Jornalismo para tablets, : pesquisa e prática colocar no mercado muitos aparelhos modernos, mas esses tablets, vão se
ocupar dos gestos mais fundamentais de nossa história cognitiva: ler e escrever. Todo o resto será embalagem…

Ademais, é muito possível que daqui a pouquíssimo tempo essa mesma indústria mostre como os dispositivos de hoje são primitivos. Natural
que isso aconteça. No videozinho da Idade Média, após aprender o funcionamento do livro, o primeiro homem comentou com algum desdém:
“Comparando com um pergaminho, leva mais tempo virando a página”.
Quem diria?! Ele ultrapassara a fronteira da ignorância, e novos horizontes se descortinavam bem diante de seus olhos.

Rogério Christofoletti

Professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC

Informação adicional

Peso 250,00 g
Dimensões 15 × 21 cm

Avaliações

Não há avaliações ainda.

Seja o primeiro a avaliar “Jornalismo para tablets: pesquisa e prática”