Descrição
SÉRIE JORNALISMO A RIGOR VOLUME 4
Autora: Lirian Sponholz
ISBN: 978-85-7474-479-7
Páginas: 192
Peso: 280g
Ano:2009
Capa: Rodrigo Poeta
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“Um jornalismo mais objetivo é possível, mas as suas chances parecem ser poucas.” Esta é a principal conclusão a que chega esta obra, trazendo novas luzes ao velho debate profissional e acadêmico. A polarização entre duas visões do jornalismo – de um lado como espelho da realidade, de outro como construção ideológica – tem ajudado pouco na solução do problema fundamental da objetividade que, indiferente a esta tomada de partido, continua a orientar a prática dos jornalistas e de seus públicos na produção e no consumo diário de notícias. Este livro é fruto de uma brilhante tese defendida na Universidade de Leipzig, berço dos primeiros estudos sobre jornalismo, em que a professora Liriam Sponholz enfrenta a dicotomia de maneira corajosa e original. Dialogando com o que de mais relevante foi publicado sobre o tema nas línguas alemã, inglesa e portuguesa, traz um panorama amplo e atual sobre os dilemas de método e conhecimento envolvidos nos processos jornalísticos. Dificilmente alguém passará por estas páginas sem a sensação de ter aprendido muito, ou até de haver mudado a sua percepção sobre o que seja a objetividade no jornalismo. Escrito em linguagem clara e acessível, veio para ocupar um espaço importante nas bibliografias da graduação e da pós-graduação da área, assim como nas bibliotecas dos profissionais que procuram refletir sobre o seu fazer.
A Autora
Liriam Sponholz é doutora em Comunicação pela Universidade de Leipzig e professora do Departamento de Análises Comparadas de Sistemas Midiáticos e Culturas de Comunicação da Universidade de Erfurt, na Alemanha. Formada em jornalismo e mestre em História pela Universidade Federal do Paraná, a autora trabalhou vários anos como repórter, editora e chefe de reportagem em jornais paranaenses. Neste livro, apresenta as ideias centrais de sua tese de doutorado, na qual se ocupou do problema da objetividade no jornalismo. Seu objeto de pesquisa é jornalismo e conhecimento.
SÉRIE JORNALISMO A RIGOR
“Se a teoria na prática é outra, então há algo errado na teoria.” Com esta constatação, feita há duas décadas, Adelmo Genro Filho nos desafiou a construir uma autêntica Teoria do Jornalismo. Mas, como na mesma época observou Nilson Lage, essa seria uma tarefa para mais de uma geração. A Série Jornalismo a Rigor é uma iniciativa da Editora Insular, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC, que vem se somar a este esforço coletivo que já tem história no campo. Objetiva publicar reflexões acadêmicas de alto nível que contribuam para elevar o senso crítico e a qualidade da prática do Jornalismo como atividade intelectual.
Com vocação multidisciplinar, a Série aponta, no entanto, para a construção de uma Teoria do Jornalismo de direito próprio, que responda às questões suscitadas de dentro desta importante prática cultural. Procura assim ajudar na superação do complexo de inferioridade de uma área que se deixou colonizar intelectualmente. Não deixa, com isso, de agregar as contribuições das áreas vizinhas, mas, como propunha Otto Groth, as situa sempre como “ciências auxiliares” da nova disciplina. Busca também enfrentar os muitos preconceitos contra o Jornalismo, gerados em setores acadêmicos e campos sociais outros, e tantas vezes internalizados de forma a-crítica pelas escolas de comunicação.
A Série Jornalismo a Rigor entende a Teoria como um percurso que necessariamente se distancia da prática, mas apenas para vê-la de um outro modo. Objetiva voltar a ela para transformá-la, e perde o sentido se ficar no meio do caminho: Paulo Freire advertia que o mero “balé dos conceitos” vira uma atividade supérflua que distrai a vida acadêmica e a afasta da realidade. Como nas Teses sobre Feuerbach, a práxis aqui é vista como fundamento autêntico e finalidade de toda a teoria. A práxis em que está focada a Série é a que ocorre no Jornalismo, produção social de conhecimento diferenciada, estratégica e imprescindível para a sociedade contemporânea. Que, por tudo isso, precisa sempre ser melhor pensada.
Eduardo Meditsch
Diretor da Série Jornalismo a Rigor
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