Antropologia da Dança III: Pesquisas do Ciranda – Círculo Antropológico da Dança

R$64,00

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Descrição

Organizadora: Giselle Guilhon Antunes Camargo

ISBN: 978-85-7474-879-5
Páginas: 232 il.
Peso: 505g
Ano: 2015
Insular Livros
Projeto gráfico e capa: Carlos Serrao

A coleção Antropologia da Dança, organizada pela professora e pesquisadora Giselle Guilhon, chega ao seu terceiro volume sagrando seus leitores com uma densa trama de textos que revelam a contemporaneidade dos desafios, abordagens e vertentes de investigações antropológicas cujas ênfases estão nos estudos etnográficos, enquanto construção epistemológica do comportamento humano.

Esse trançado de construção do conhecimento em Antropologia da Dança, em franca consolidação e expansão no Brasil, engendrou-se a partir de uma minuciosa revisão da contribuição de autores como Franz Boas, Gertrude Kurath, Joann Kealiinohomoku, Adrienne Kaeppler, Anya Royce, Judith Hanna entre outros.

Partindo do referencial teórico-metodológico desses autores —em diálogo com os Estudos da Performance, a Etnologia Ritual, a Antropologia Teatral e a Etnocenologia —, Giselle Guilhon vem traçando um impor-tante percurso nos estudos antropológicos da dança. Como coordenadora do Grupo de Pesquisa CIRANDA (Círculo Antropológico da Dança), remarca com aguçado e sensível olhar a amplitude e o caráter transversal do tema, considerando diversas abordagens, experimentalismos, inovações e trânsitos, conforme o leitor terá oportuni-dade de constatar nos artigos deste volume.

O livro se estrutura em três baterias de textos, não havendo fortes demarcações frontei-riças entre elas: na primeira, encontramos um conjunto de cinco artigos classificáveis como estudos em performance; na segunda, há um grupo de três textos filiados à corrente etnocenológica; e, na terceira, deparamo-nos com um agrupamento de quatro artigos indexáveis como estudos sobre ritual.

Miguel Santa Brígida

 

“O Tambor de Mina Nagô constituiu-se, no Pará, a partir dos ritos do Can-domblé, da crença nos voduns e da mestiçagem com a pajelança cabocla. Um mesmo médium pode receber diferentes entidades —voduns, orixás, caboclos, encantados, reis, rainhas, nobres e erês.” Keila Andréa Cardoso dos Santos

“No processo de criação da Flor de Efun, no espetáculo O Auto do Círio, pedi permissão a Exu —o dono da rua —, Orixá mensageiro do Candomblé-Ketu, para experimentar, artisticamente, o corpo modificado (em êxtase) da Yaô, em sua dança de saída do Roncó. Experimentei esse estado ao sair com os pés descalços pelas ruas da Cidade Velha, como fazem os filhos e filhas de santo com a chegada dos Orixás.” Ana Cláudia Moraes de Carvalho

“Não existe Arukwahaw [casamento] sem Sapurahai [dança]. ‘Aqui a gente dança sempre, mesmo quando não há casamento, e pra dançar tem que estar pintado, enfeitado, alegre. E a gente aprende assim, desde pequeno, por isso, quando as crianças entram na roda, ninguém tira, porque elas precisam aprender também, e só aprende quem dança’, diz o noivo, Irikwá.” Bárbara Dias dos Santos

“No início, Ana Lúcia, a dona do frete, só tomava conta do velório e do cortejo fúnebre, o “frete”, hoje dá banho, aplica formol e arruma o morto. Seu contrato só termina quando voltam para casa e ela diz à família do morto: ’estão entre-gues!’.” Valéria Fernanda Sousa Sales

“Na Capoeira Angola, inverte-se o corpo ocidental, colocando-o de pernas para cima, quadris para cima, cabeça —símbolo da razão no mundo moderno —no chão, mãos sendo utilizadas para locomoção, como se fossem pés e pernas; e pés como principais instrumentos para o diálogo corporal.” Carmem Pricila Virgolino Teixeira

Giselle Guilhon Antunes Camargo é professora e pesquisadora na Universidade Federal do Pará (UFPA), atuando nos Cursos de Graduação em Dança, em Teatro e em Música, na Especialização em Estudos Contemporâneos do Corpo e no Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes). Ministrou, entre 2008 e 2013, as disciplinas Dança, Cultura e Sociedade I e II, Antropologia da Dança, Antropologia do Teatro, Corpo em Cena, Corpo e Performance, Etnocenologia e Pesquisa e Procedimentos Metodológi-cos em Artes. Orienta pesquisas de graduação e pós-graduação, voltadas para o estudo das formas expressivas – gêneros e estilos de dança, performance, ritual, etc. -, com ênfase nas correntes teóricas provenientes da Antropologia da Dança, da Antropologia Teatral, dos Estudos da Performance, da Etnocenologia e da Etnologia Ritual. Coordena o Grupo e Projeto de Pesquisa CIRANDA (Círculo Antropológico da Dança). É autora dos livros Sama: etnografia de uma dança sufi (2002) e Mukabele: ritual dervixe (2010) , Antropologia da Dança I (2013) e Antropologia da Dança II(2015).

 

 

Informação adicional

Peso 505,00 g
Dimensões 16 × 23 cm

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