Descrição
Autora: Rosane Cordeiro
ISBN: 978-65-88401-69-9
Páginas: 120 il.
Peso: 185g
Ano: 2021
Escrever é um acalanto, uma ferramenta para se fazer ouvir e escancarar dores. A crônica tem seu espaço no tempo e seu valor histórico-social; transborda empatia do cronista à medida que este protagoniza histórias que estão muito além das páginas de um livro, muito além do portão.
Cronista é um ser em movimento. Seu lugar é onde ele queira estar. Ali ele estaciona tão somente para tirar proveito dos instantes que mais interessam a seu desejo de contar. Realizado, ele muda para outro, sem remorso.
O cronista é um mambembe, um corisco, nas palavras de Chico Buarque; metaforicamente um aproveitador, nada o prende ou o aprisiona; o portão se abre magicamente ao apelo do cronista para lhe conceder passagem.
Rosane é tudo isso, em potencial e no bom sentido: xereteia nos espaços mais diversos e inusitados: em casa, no ônibus, na escola, na Letônia, nos bares em rodas de choro, nos estádios onde o público xinga a presidenta e no cemitério onde lava e escova o túmulo da família.
Satisfeita, arranca muito rapidamente da bolsa seus equipamentos indispensáveis: papel e caneta e começa a contar tudo com seu jeito característico, sem papas na língua. Questiona, acusa, denuncia, escancara, protesta, xinga, e por vezes acalenta.
A nós, seus leitores, fica a opção de escolha de um lugar calmo e sossegado para saborear o resultado dessas inquietações.
Maria Agostini Mello,
professora e escritora
Rosane possui graduação em Português-Italiano pela Universidade Federal de Santa Catarina, onde também fez mestrado e doutorado. O encantamento pela escrita autoral e criativa levaram-na a sair da academia para se debruçar em versos e prosas. Publicou: Teatro do Cotidiano (2014), De choros e velas: o feminino em verso e prosa (2018) e o amor não cabe no peito (2019). Tem publicado também em jornais, revistas e no blog: Olhares Cotidianos (blogger.com). Diz-se uma escritora inconformada com o país que se desenha neste século, uma professora inquieta e uma acadêmica rebelde e, por isso escreve, para encontrar a (im)possível liberdade e enxergar muito além do portão.
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