Descrição
Autor: Arkan Simaan
ISBN: 978-85-524-0514-6
Páginas: 212
Peso: 350g
Ano: 2025
16x23cm
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É contando e ouvindo histórias que entendemos de onde viemos, o que somos e – quem sabe – possamos saber para onde ir. Travessias, trajetórias, escolhas, desafios, sonhos, planos, tudo que vai dando sentido a nossas vidas acabaria se perdendo sem a nossa memória. Memória que nunca é apenas individual.
Cada passo nosso é o passo num tempo. As lembranças do Arkan não apenas revivem sua trajetória e de sua família. Elas também nos fazem ver com os olhos de hoje aquele Brasil obscuro, pesado, sem futuro para jovens idealistas. Jovens que partiram sem volta. E jovens, como ele, que teve que partir, mas pôde voltar e nos contar mais esta história. Para não esquecermos jamais.
Ana Lagôa, jornalista
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Arkan Simaan nasceu no Líbano, em 1945. Aos três anos de idade veio com a família morar em Anápolis, Goiás, onde cursou o ensino médio. Depois, ingressou na Faculdade de Física da Universidade de São Paulo (USP) e se envolveu na luta contra a ditadura.
Em 1968, foi um dos fundadores do Movimento 1° de Maio. Condenado à prisão por atividades subversivas, exilou-se em Paris, em 1970, e criou com outros brasileiros a revista Outubro. Estes dois grupos vão desempenhar um importante papel na fundação da Organização Socialista Internacionalista (OSI) e, nesta qualidade, na do Partido dos Trabalhadores.
Em 2012, Arkan Simaan foi um dos fundadores da ONG francesa Planète Amazone de defesa dos povos indígenas e das florestas tropicais. Assim, ele acompanhou inúmeras viagens de indígenas latino-americanos na Europa, tendo sido o tradutor do cacique Raoni na COP-21.
Na França, onde reside atualmente, tornou-se professor de Física e escreveu livros de sucesso no campo da História da Ciência, um dos quais foi traduzido no Brasil pela Companhia das Letras, A Imagem do Mundo dos Babilônios a Newton. Publicou também na Editora Insular, Redescobrindo o Brasil – um Marinheiro na Terra dos Papagaios.
A capa deste livro de memórias é ilustrada por Michel Bisson da associação “Bons Baisers d’Étretat”, destinada a reintegrar socialmente trabalhadores após um longo período de desemprego.
A contracapa é de Ana Lagôa, cujo nome estará para sempre associado ao Arquivo depositado, em agosto de 1996, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com cerca de 1600 livros e 20 mil recortes de jornais sobre a ditadura militar brasileira de 1964 a 1985.
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