Redescobrindo o Brasil: Um marinheiro na Terra dos Papagaios

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Descrição

Autor: Arkan Simaan

Ilustrações de Michel Bisson

ISBN: 978-85-524-0423-1

Páginas: 164 il.

Peso: 275g

Ano: 2024

16x23cm

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Este é um romance baseado na aventura de Binot Paulmier de Gonneville.
Dez anos depois de Cristóvão Colombo aportar na América e cinco após Vasco da Gama abrir a rota à Índia, o normando Binot e um grupo de burgueses de Honfleur, em 1503, decidiram armar o navio L’Espoir, para comerciar especiarias.
Nenhum normando conhecia o céu do Sul e Binot contratou dois pilotos portugueses. Na viagem, calmarias e tempestades desorientam o navio que encalha na desconhecida foz do Rio São Francisco do Sul, onde são recebidos amigavelmente pelos Carijó – culturas se chocam.
Passados seis meses, ao regressar, levavam o filho do cacique, prometendo trazê-lo “vinte luas depois”, quando, ainda na costa brasileira, canibais mataram e devoraram parte da tripulação.
Livres, os marinheiros restantes vaguearam sem rumo e, exaustos, nos Açores, foram proibidos de desembarcar. A saga continuou; piratas atacam e afundam o navio na costa de Jersey.

Dois anos de aventuras e arruinados, os sobreviventes estão em Honfleur na companhia do primeiro indígena a chegar na França, Iça-Mirim. Binot não conseguiu honrar sua palavra e o jovem, com o nome de Essomericq, viveu na França, casou-se duas vezes, teve 14 filhos, e morreu em 1583, talvez com 95 anos.
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A história é real, mas certamente ainda pouco conhecida. Um atrativo a mais para esta narrativa romanceada ficcional sobre a aventura de navegadores pelos mares do Sul entre 1503 e 1505, enriquecida com fatos históricos de um tempo em que, pelo Tratado de Tordesilhas, o Papa havia concedido mares e continentes à Espanha e Portugal e os reis eram impiedosos com os “intrusos”.
O perigoso projeto de chegar às Índias, por desorientação, acabou na costa brasileira e o encontro com os nativos e sua estranha, cativante e, às vezes, temerária cultura, para os europeus, e um retorno desastroso. Com Binot Paulmier de Gonneville, o primeiro “francês” a aportar no Brasil, chega à Europa o filho de um cacique, o primeiro “brasileiro” a cruzar o oceano e que permanecerá até seu último dia na França.
Dessa fascinante e extraordinária expedição, restou apenas um escasso relato no Almirantado em Rouen. Seus diários de bordo foram perdidos junto com seu navio quando retornavam, e a queixa contra os piratas feita à autoridade naval é o único registro documental da inusitada viagem.
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Arkan Simaan nasceu no Líbano, em 1945. Aos dois anos, veio com a família para o Brasil. Ingressou no curso de Física na Universidade de São Paulo. Em 1970, perseguido pela repressão política, deixou o país. É professor de Física em Paris, onde reside e publicou vários livros de sucesso, entre outros, com Vuibert e Adapt Éditions, sobre a história da ciência, L’image du monde des Babyloniens à Newton, 1998 (traduzido no Brasil pela Companhia das Letras, A Imagem do Mundo dos Babilônios a Newton, 2003), em coautoria com Joelle Fontaine, e La science au péril de sa vie – Les aventuriers de la mesure du monde e Vénus devant le Soleil –  Comprendre et observer un phénomène astronomique. Também escreveu biografias de Giordano Bruno e Fritz Haber e um romance histórico, L’écuyer d’Henri le navigateur.
Este livro foi publicado em francês (Un marin en Terre des perroquets) por L’Ancre de Marine Éditions e lançado em 2024. A edição brasileira, traduzida pelo próprio autor, é ilustrada por Michel Bisson, da associação “Bons baisers d’Étretat”, cuja função é reintegrar socialmente trabalhadores após um longo período de desemprego.
O franco-brasileiro Arkan Simaan participou das viagens do Cacique Raoni à Europa e tornou-se seu tradutor durante a COP 21, promovida pela ONU na capital francesa.

Informação adicional

Peso 390 g
Dimensões 16 × 23 cm

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