Por um vaso de hortênsias

Autora: Margareth Tassinari

Prefácio: José Osmir Bertazzoni

ISBN 978-85-524-0410-1

Páginas: 128

Peso: 186g

Ano: 2024

15 x 21 cm

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COMO UM VESTIDO DE BAILE

Após ler as informações que a mim chegaram, para um parecer técnico do livro Por um vaso de hortênsias, de uma autora que ainda não conhecia, Margareth Tassinari, procurei saber quem era. Soube que era fonoaudióloga formada pela PUC, Campinas, cidade onde reside e atua profissionalmente. Só escrevia artigos acadêmicos e relatórios técnicos, sem qualquer experiência em textos literários.
Como quem fosse costurando um belo vestido de baile, foi registrando a trajetória desta criação primeira. O formato que o tecido iria tomar, o tamanho das mangas e os adereços… os adereços sempre preciosos, marcantes num estilo literário que encanta.
Como excelente “costureira das palavras”, é na hora dos detalhes/enfeites do vestido de baile que sugeri ali acima, que Margareth vai colocando, próximas umas às outras, suas pérolas, lantejoulas, paetês, para enfeitarem o vestido para o grande baile, agora transformado em livro. Situações literárias que podem ter acontecido ontem ou poderão acontecer amanhã, numa cidade qualquer, em qualquer canto, pois seus personagens não têm cor, peso ou altura determinados. Só o cachorro e o gato são mais gordinhos e têm cores definidas.
Agradeço imensamente a ela pelo convite para os ajustes finais do seu livro de estreia e lhe recomendo, caro(a) leitor(a), que leia este livro com o carinho que ele merece. Que seja o primeiro de muitos que poderão ainda vir.
Prof. Adolpho Queiroz
Pós-Doutor em Comunicação pela
Universidade Federal Fluminense, RJ.

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“Ele acordou de manhã e observou o sol entrando pelas frestas da janela. Isso devia acontecer diariamente, mas ele não percebia mais, há muito tempo. Ficou encantado com a beleza da cena. Ouviu do chuveiro o canto baixinho de Zilá. A vida parecia ter voltado àquele quarto.”

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“A música era variada e sempre excelente, organizada cuidadosamente de modo a dar oportunidade a diversos músicos. Às terças-feiras era dia de chorinho, com dois ou três conjuntos revezando-se na noite; às quartas era a noite de música brasileira com conjunto, cantoras e cantores; às quintas, dois ou três grupos com zabumba, triângulo e sanfona agitavam o ambiente.
À frente do palco era aberto um espaço para que as pessoas pudessem dançar, sem interferir no trânsito dos garçons e garçonetes, que, no final da noite, mais assistiam ao espetáculo que serviam, já que os pedidos de comida e bebida escasseavam, conforme o arrasta-pé ia ficando mais animado.”

Trechos do livro

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Nasci em Campinas, onde resido. Sempre tive interesse por histórias, inicialmente as orais, contadas, principalmente, por meu avô paterno.
A partir da entrada na escola, a casa foi se enchendo de livros. Os vendedores de enciclopédia adoravam minha mãe. Escrever e ler sempre foram atividades prazerosas. Até agora só escrevi textos acadêmicos e relatórios. Plantei árvore e tive filho. Faltava o livro.Margareth Tassinari