Plano de Aceleração do Crescimento?

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Categoria: SKU: 978-85-7474-586-2

Descrição

Organizadores: Alcides Abreu, Nelson de Abreu e Marco Aurélio Abreu

ISBN: 978-85-7474-586-2

Páginas: 288
Ano: 2011

Santa Catarina 2022@Estado Máximo de Inovação

Dimensões do Plano Brasil Maior

O Plano Brasil Maior organiza-se em ações transversais e setoriais. As transversais são voltadas
para o aumento da eficiência produtiva da economia como um todo. As ações setoriais, definidas
a partir de características, desafios e oportunidades dos principais setores produtivos, estão
organizadas em cinco blocos que ordenam a formulação e implementação de programas e
projetos. A figura a seguir sintetiza esse modelo.

Os indignados com Wall Street
O panorama muda de figura quando os descontentes se congregam para
escancarar aos políticos – de todo o espectro partidário – a frustração levada ao
extremo com a sua aparente indiferença diante dos padecimentos da população. É o caso da Espanha, onde a recessão, o desemprego de 21%, o mais
alto da União Europeia, o corte de benefícios sociais e a ausência de projetos
dotados de credibilidade para o resgate da economia deram origem à mobilização
de Los Indignados, que tempos atrás ocupou a Porta do Sol, em Madri. O seu
patrono é o francês Stéphane Hessel, de 94 anos e herói da Resistência, autor do
panfleto Indignez-vous, um dos livros mais vendidos na Europa. Os indignados
estão longe de repetir o bordão dos argentinos que, na virada de 2001 para
2002, clamavam nas praças portenhas Que se vavan todos. Mas querem um
outro (e nebuloso) modelo de representação política.
A onda chegou aos Estados Unidos – e confirma que, sejam quais forem
os seus pontos em comum com as de outros quadrantes, sua identidade é também
singular. O alvo primário do movimento Ocupe Wall Street não são as instituições,
mas, como diz o nome, o capitalismo financeiro, com os seus desmedidos
poderes sobre os centros de decisão de Washington e a impunidade
extravagantemente bem remunerada de que desfruta, em que pese ter jogado
o país na maior recessão desde a quebra de 1929. Não se sabe no que dariam
os protestos iniciados há três semanas no Zuccotti Park, no sul de Manhattan,
a uma pedrada de distância do símbolo da finança mundial, não fosse a brutalidade
estúpida da repressão da polícia nova-iorquina a uma marcha pacífica
na Ponte do Brooklyn, no ultimo dia 1º. Mas o fato é que as concentrações se
propagaram para mais de 25 cidades, entre as quais Boston, Chicago, Los An –
geles e Washington.
Os seus participantes, em que há de tudo, de anarquistas a operários, po –
dem não saber o que querem. Um jornalista comparou os seus atos a manchas
de tinta que, a exemplo das imagens do Teste de Rorschach, cada observador
interpreta à sua maneira. Mas eles sabem o que não querem – a hegemonia da
alta finança sobre a economia americana e a sua exagerada influência sobre a
Casa Branca, que trata Wall Street na palma da mão, enquanto a renda se concentra
e o desemprego permanece fixo na casa de 9%.
Os indignados com Wall Street não têm a pretensão de obter respostas
prontas às suas aflições. Mas o movimento tem tudo para crescer a ponto de
conseguir “dar uma sacudida” no país, como disse Obama.
O Estado de S.Paulo, 12.10.2011, p. A-3

Informação adicional

Peso 400,00 g
Dimensões 15 × 21 cm

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