O golpe da “Reforma Agrária”: fraude milionária na entrega de terras em Santa Catarina

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Categoria: SKU: 978-85-7474-995-2

Descrição

Autor: Gert Schinke

2ª edição revista e ampliada

Relação completa dos locupletados em ordem alfabética

ISBN: 978-85-7474-995-2
630 páginas
Peso:893g
Ano: 2017

A obra de Gert explodiu em mim como uma bomba. É o retrato impressionante de como alguns funcionários públicos fizeram uso de terras públicas para garantir riqueza e poder. Um livro imperdível para quem quer realmente conhecer as entranhas da história de Santa Catarina, especialmente durante o período da ditadura civil/militar.
Elaine Tavares
Coordenadora de Comunicação do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)/
e editora dos blogs ‘palavras insurgentes’ e “pobres&nojentas’

 

Esta (mal) intencionada distribuição de terras “aos amigos do Rei” traz no seu bojo consequências socioambientais decisivas e calamitosas frente a forma que estas áreas vão sendo utilizadas e negociadas, resultando numa expansão imobiliária descontrolada que vem, gradativamente, depredando o patrimônio ecológico da região
Eros Marion Mussoi
Professor a UFSC e vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia

 

O Golpe da Reforma Agrária denuncia com base em documentos do IRASC, as fraudes nas concessões de terras feitas durante o regime civil militar.
Antes de esgotada a primeira edição do livro, Gert já trabalhava na coleta e análise de mais documentos para aprimorar e aprofundar ainda mais o estudo sobre a questão agrária em Santa Catarina.
Seu primeiro livro tem sido utilizado como base a diversos processos sobre terras no estado e motivou o MPF realizar uma operação no dia 21 de agosto de 2017 para recolher todos os documentos (entre documentos em papel, mapas e microfilmes) na Secretaria da Agricultura e da Pesca e no Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC) para garantir sua integridade e providenciar a digitalização dos mesmos, algo que não interessa ao Estado, pois quanto menos informações sobre a origem de titulação de terras, tanto melhor, vez que o Estado foi pivô no caso das fraudes em questão.

Os fatos jamais revelados e os fartos documentos inéditos apresentados neste livro constituem-se, sem dúvida, num dos maiores escândalos de nosso país. O autor desvendou a maior trama de apropriação ilegal de terras públicas no estado de Santa Catarina, em particular no município de Florianópolis e, detalhadamente, no distrito do Pântano do Sul. Tudo sob a cumplicidade protetora dos governantes, da ditadura civil/militar e de uma suposta e maquiada “Reforma Agrária”. Uma verdadeira grilagem sobre solos que pertenciam à União promovida pelo IRASC – Instituto de Reforma Agrária de Santa Catarina – e sua sucessora a COLECATE – Coordenadoria de Legitimação e Cadastramento de Terras – a partir do golpe de 1964 até 1980, configurando-se como a maior fraude e mais venal titulação de glebas públicas a particulares: uma Antirreforma Agrária.
Uma das mais graves consequências desse imenso embuste, além da corrupção, cooptação política e das profundas repercussões ecológicas, foi uma caótica expansão urbana a partir dos anos 1980 no litoral catarinense e na capital.

Como resultado das minhas pesquisas historiográficas sobre o Instituto de Reforma Agrária de Santa Catarina – IRASC, órgão estadual que funcionou durante as décadas de 1960 e 1970 do século passado, declaro, para quem possa interessar, que o “conjunto da obra do IRASC” constitui-se na maior fraude fundiária − sob o manto de uma suposta “Reforma Agrária” − perpetrada na história do Brasil. Subvertendo totalmente a proposta de uma distribuição mais equitativa da terra, fez uma clara Antirreforma Agrária no estado de Santa Catarina.
A “genialidade política” consistiu em apropriar-se de um órgão já existente voltado à execução da Reforma Agrária, mas desvirtuar totalmente o seu objetivo fundiário, estratégia que, em última instância, constitui a “singularidade histórica” desta fraudulenta operação no processo de distribuição de terras em nosso país.
Este processo, que passou virtualmente desconhecido pela população catarinense até os dias atuais, resultou em um legado nefasto para as futuras gerações ao gerar consequências negativas em múltiplos setores. Urdido e produzido por sucessivos governos da ditadura civil/militar e por mais de quarenta anos envolto por uma nebulosa blindagem política e administrativa de caráter nitidamente semissigiloso, ele marca mais uma dessas páginas escuras na história recente nacional.
Infelizmente, passado quase meio século, a Reforma Agrária, que mais do que nunca se faz necessária no país dos latifúndios improdutivos, continua atolada em meio à inépcia dos sucessivos governos federais, ao mesmo tempo em que urge uma reformulação do seu modelo, com vistas a voltá-lo à agroecologia e ao cooperativismo rural.

Gert Schinke
Cidadão

Gert Schinke nasceu em 1956 no atual município de Salvador do Sul (RS), cursou Engenharia Mecânica e História na UFRGS e desde 1993 vive no bairro do Pântano do Sul, na Ilha de Santa Catarina.
Milita nas causas ecológicas há mais de 40 anos, trajetória que teve início em 1975 com seu ingresso na Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN.
Fundador do PT no Rio Grande do Sul e vereador de Porto Alegre em 1988.
Integrante do MOSAL – Movimento Saneamento Alternativo teve destacada atuação no processo do Plano Diretor Participativo de Florianópolis.
Deixou o PT para fundar o PSOL catarinense, sendo membro da Coordenação Nacional do Setorial Ecossocialista, concorrendo em 2010 à Câmara dos Deputados empunhando as bandeiras ecológicas e de direitos humanos.
Em 2011 foi eleito coordenador geral da Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses – FEEC e é presidente executivo do Instituto para o Desenvolvimento de Mentalidade Marítima − INMMAR.,BR>
Em 2014 ajudou a fundar o Coletivo Nossa Cidade, grupo de pressão política focado na área de planejamento urbano, ecologia e cidadania.
Já publicou os livros Ecologia Política (Editora Tchê, 1986) e Ecoplamento – Teoria que explica o processo da assimilação do colapso ecológico por parte do sistema capitalista global (Editora Insular, 2013).

Informação adicional

Peso 893,00 g
Dimensões 16 × 23 cm

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