O Estado autoritário e a pedagogia do silêncio – 1964-1979

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Descrição

Autora: Áurea Oliveira Silva

Páginas: 160
Peso: 250g
Ano: 2019

Este livro, transpassado pelo sofrimento e em forma de denúncia, expõe a repressão político-ideológica instaurada em 1964 em nosso país e sua repercussão em Santa Catarina até 1979, quando ocorreu a Novembrada. A sociedade foi submetida aos interesses escusos da elite brasileira e dos patrocinadores do golpe, os EUA.
Sob a alegação de combater os inimigos internos, amparada na Doutrina de Segurança Nacional, instalou-se o medo e, assim, muitos começaram a agir e pensar segundo queriam os opressores. Educou-se para submeter, não só pela violência física, mas pela censura e alienação negou-se a informação e promoveu-se o esquecimento.
À submissão contrapôs-se a resistência e, mesmo aqueles que se exilaram internamente, vivendo à sombra, foram solidários. O enfrentamento, muitas vezes foi direto, mas também pela voz oblíqua: falar o que era permitido para dizer o que era proibido.
Transcorridas quase seis décadas de 1964 e dois anos do golpe parlamentar e jurídico de 2016, muitos ainda têm medo de se manifestar, pois a educação repressiva, imposta pelo regime militar, ensinou a calar. A lição que ficou é que, neste momento, além de prosseguir na luta por justiça social, lembrar do que aconteceu é o que pode impedir de tornar a acontecer.

A publicação deste livro ocorre neste trágico momento em que se reimplanta mais uma fase opressiva e entreguista em nosso país.
A autora questiona como a repressão física e psicológica do Estado, em colaboração com instituições da sociedade civil, provoca o silêncio, a alienação e o exílio interno e externo. Como, por meio de seus aparelhos repressivos e ideológicos, educou os indivíduos a aprender a calar, ao silêncio. Incita-nos, enfim, a refletir sobre a Pedagogia do Silêncio. Em oposição à coerção, construiu-se a resistência a este processo opressor. Para explicá-la, seguiu pela história dos movimentos e as diversas formas que os catarinenses encontraram para sobreviver e se rebelar. As vozes horizontais, verticais e oblíquas vibraram.
Registrou, por meio de entrevistas, muitas vezes dramáticas, a luta contra a ditadura, a solidariedade, as dores, as perdas sociais e individuais. Também explanou a estratégia de organização desse Estado sem direitos que oprimiu, violentou e silenciou.

Áurea Oliveira Silva nasceu em 5/4/1943 na Fazenda Aurora, em Rancho de Cacau, município de Uruçuca, no sul da Bahia. Aos 3 anos perdeu a mãe e passou muitas dificuldades numa família de pequenos agricultores de 5 irmãs e 4 irmãos.
Em Salvador, participou do Grêmio Estudantil do Ginásio Duque de Caxias. Aos 19 anos foi para SP e depois para o RJ, onde trabalhou no IBRA e nas favelas pelas Comunidades Eclesiais de Base. Perseguida, fugiu para Ilhéus (BA), mais tarde retornando a SP. Foi operária e militou em fábricas, sendo presa no Dops e OBAN. Solta, ingressou na Ação Popular (AP) e viveu um exílio interno até março de 1973, quando se exilou no Chile. O golpe contra o presidente Salvador Allende a levou para o Canadá (1974) e Moçambique (1978). Com a Anistia, em 1980 retornou ao país. Em 1987 foi reintegrada ao INCRA (ex-IBRA).
Estudou na UFMS e na UNICAMP, onde graduou-se em Pedagogia (1989). Mestre em Educação pela UFSC (1994).
Casada há 50 anos com o companheiro e médico sanitarista Pio Pereira dos Santos, têm os filhos Vladimir e Juliana e os netos Luísa, Helena, Luana e Gabriel.

 

Informação adicional

Peso 350,00 g
Dimensões 15 × 21 cm

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