Não esquecemos a ditadura: Memórias da violência

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Descrição

Autor: Nelson Rolim de Moura

ISBN: 978-85-7474-876-4
Páginas: 360 il.
Peso: 520g
Ano: 2015
Insular Livros

O livro

O meu reencontro com velhos companheiros do movimento estudantil, passados quarenta e cinco anos de nossa militância conjunta, animou-me a publicar um livro rememorando e refletindo sobre o enfrentamento à ditadura e suas barbaridades. Conceder o indulto do esquecimento aos que praticaram o terrorismo de Estado é imputar-lhes “inocência”. Assim, coloquei em prática um remoto projeto de lembrar aquele tempo por meio do meu testemunho em defesa das liberdades democráticas. Retalhos de vida dos que foram para a esquerda, apresentados numa longa crônica costurada pelos ideais do socialismo numa América Latina unificada.

***

Tenho muitas razões para publicar este livro.
A primeira delas é para comemorar a democracia institucional, ampliar as liberdades democráticas e avançar no direito que todas as pessoas devem ter de manifestarem o seu pensamento, de darem o sentido que quiserem às suas vidas, de viverem em paz e em fraternidade, e até mesmo isoladas, se assim o desejarem.
A segunda é porque encontrei o estado de espírito e a calma que considerava necessários para poder escrevê-lo. Desconfio que pela idade que cheguei tenho uma sensação de mais tranquilidade e paz comigo mesmo − não com a sociedade contemporânea −, a vida mais ou menos controlada, dando um jeito no que vai vindo.
A terceira é porque a atual liberdade que desfrutamos, devemos muito aos combatentes, mortos e sobreviventes, da resistência ao regime militar. E porque acredito que os governos nacionais e populares que temos podem nos permitir trilhar um caminho mais seguro para o futuro do socialismo democrático, uma nova organização social e econômica que permita uma vivência mais harmônica e equilibrada entre todos.
Outro motivo para libertar estas palavras é porque na verdade sabemos certas coisas que não queremos guardar para sempre no adormecimento da memória, pois podem significar algo para alguém.
Fiz muitas coisas na minha vida, de tudo um pouco. Aqui uso duas práticas que desenvolvi: jornalismo, fazendo jornais, e literatura, editando livros. As duas no sentido mais prosaico que possam ter, mas agudamente.
Como editor, foi difícil deixar outros livros para cuidar deste. Agora terminei.

***

Tentei algumas vezes concluir a universidade, mas nunca tive vontade suficiente. Engenharia e História, nas federais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, na PUC de Porto Alegre, na Universidade de Buenos Aires, impossível. Definitivamente, não nasci para ser doutor. Fui produtor teatral e musical, gráfico e jornalista, livreiro e dono de bar. Agora sou editor de livros e um cozinheiro razoável. Em duas décadas de atividade na Editora Insular publiquei mil títulos e, aos 64 anos, preciso publicar mais um milhar deles, muitos livros pela igualdade, a justiça e a democracia social e econômica numa grande unidade continental latino-americana que agregue todos os países, do Rio Bravo às Ilhas Malvinas. Este testemunho, agora publicado, é insignificante diante do legado que aspiro deixar aos meus próximos e a todos que porventura tenham a oportunidade de ler as publicações da Editora Insular.

O Autor
Nelson Rolim de Moura trabalhou no jornal O Estado, Jornal da Semana, Bom-Dia Domingo, Rádio Guaruja, TV Cultura e foi editor do jornal alternativo Afinal. Presidiu a Câmara Catarinense do Livro – CCL e foi diretor de Divulgação da Associação Catarinense de Imprensa – ACI.

É diretor-editor da Editora Insular, com mais de mil títulos já publicados.

 

 

Informação adicional

Peso 520,00 g
Dimensões 17 × 21 cm

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