Descrição
Sensacionalismo, fetichização e sadismo em coberturas jornalísticas de tragédias e falecimentos de pessoas notórias em Portugal e no Brasil
Autor: Gilberto Felisberto Vasconcellos
ISBN: 978-85-524-0517-7
Páginas: 692
Peso: 1165g
Ano: 2025
16x23cm
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“Tudo no mundo é frágil, tudo passa”, diz o verso de Florbela Espanca (2012, p. 54). E não inventaram nada no mundo melhor que a poesia para traduzir morte e desejo, dois temas que vamos unir neste trabalho. Afinal, ambos estão no cerne da criação da vida e de seu fim. Desejar e morrer abrigam a complexidade, a dicotomia e a complementaridade daquilo que nos satisfaz e nos atormenta, do que nos enche de volúpia e de medos. Eros e Thanatos, o erótico e o fatal não são desconhecidos um do outro. Eles podem ser vistos juntos nos mitos arcaicos, na Filosofia, em obras de arte, em relatos históricos, nos arquétipos que nos guiam em todos os tempos, da Antiguidade à contemporaneidade. São numerosos os exemplos dessa união que abarca polos que parecem distantes, mas que na verdade se atraem irresistivelmente. As atividades humanas estão plenas de momentos em que morte e prazer se projetam um no outro, incluindo naquela que vamos estudar aqui: o Jornalismo. […] Quando se faz um inventário de como o Jornalismo agiu para se consolidar em suas diferentes fases, em seus variados espaços, com suas diversas tecnologias, lá está a morte como uma participante onipresente. Escapar dela é inútil e talvez não seja esse, realmente, um objetivo a ser alcançado.
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