Descrição
Leani Budde
Páginas: 258
Peso: 290g
Ano: 2017
ISBN: 978-85-7474-993-8
Uma cidade reconhece a si mesma em seu jornal. Na capital dos catarinenses ele é O Estado. Diário quase centenário, morto nas bancas e ausente nos balcões do comércio do centro da cidade, nas barbearias do interior da Ilha e nas casas da região continental, segue vivo na memória dos florianopolitanos.
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O instigante livro de Leani Budde, resultado de uma tese acadêmica, mas escrito em prosa firme de quem não se esconde atrás de academicismos, se ocupa principalmente dos últimos anos de existência de O Estado. Recorrendo a múltiplas fontes e com abordagem interdisciplinar, a autora opta pelo reverso da história, investigando a derrocada do jornal como sintoma do fim de uma forma de viver a cidade de Florianópolis. São os anos 1980 o palco do desencadeamento desse processo, ainda que a década seguinte veja uma importante reação a ele, com uma forte e derradeira tentativa de enfrentamento do concorrente Diário Catarinense. Enfrentamento cujo malogro conhecemos por este livro, que o mostra em seus meandros políticos, econômicos e sociais.
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Só posso desejar uma boa leitura a quem se deixar levar pelas páginas já não mais de O Estado, mas deste belo livro sobre o jornal, a cidade e o tempo nos coube viver.
Alexandre Fernandez Vaz
LEANI BUDDE é Doutora Interdisciplinar em Ciências Humanas/UFSC, Mestre em Literatura/UFSC, Especialista em Língua Portuguesa – Leitura e produção de textos/UNIVALI, Bacharel em Jornalismo/UFSC e Psicologia/UNIVALI. Atuou como repórter nos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Folha do Oeste, em radiojornalismo e assessoria de imprensa. Por curto período também atuou em Psicologia clínica e foi professora de disciplinas dos cursos de Jornalismo e de Turismo e Hotelaria na UNIVALI.
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Este é um livro que traz o mais completo e profundo estudo interdisciplinar sobre O Estado, o mais importante e duradouro jornal de Santa Catarina. A memorável publicação, cuja trajetória se confunde com a cidade de Florianópolis, desde seus momentos de glória sofreu uma lenta e irreversível decadência aqui testemunhada. Para muitos, com o velho jornal não desapareceu apenas uma era áurea do jornalismo local, mas também os encantos da bucólica e paradisíaca Ilha que o abrigava e que teve seu patrimônio histórico e cultural praticamente dissolvido pelo “progresso” que nela aportou.
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