Descrição
Autora: Maria Eli Braga Mannrich
ISBN: 978-85-7474-635-7
Páginas: 128 il.
Peso: 350g
Ano: 2013
Insular Livros
Capa: Rodrigo Poeta
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Este é um livro cujas páginas nos fazem levantar a cabeça e refletir. Um leve desvio de olhar que nos conduz a uma concentração do espírito sobre nós mesmos. Muito dessa simples e breve reflexão se deve à estrutura que Maria Eli Braga Mannrich deu a este livro e aos recursos que usou para, através de suas personagens, dizer o que queria dizer.
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Maria Eli Braga Mannrich nasceu em São Miguel das Missões-RS. Concluiu o curso de graduação em Letras e obteve o título de Mestre em Literatura em Florianópolis na Universidade Federal de Santa Catarina. Seu livro PÃO-POR-DEUS Vivo na Cultura Brasileira foi publicado pela EDUFSC, pois é baseado no tema da dissertação. Aprofundou seus estudos e reconheceu em O Tempo e o Vento, alguns fatos reais de sua família na qual Érico Veríssimo baseou parte de sua obra. Por isso, Maria Eli, voltou às origens e prosseguiu as pesquisas in locosobre sua gente. Aliado às buscas, estava o projeto de encontrar a catarse da personagem Dulce do romance A voz Submersa, doadapara Maria Eli por Salim Miguel. O professor Lauro não só foi testemunha da doação, mas também apoiou as buscas para a catarse, com o objetivo de oficializar e oferecê-la ao autor doador. Dados os acontecimentos que apressaram a partida de Lauro, em outubro de 2010, Maria Eli decide publicar o livro e oferecê-lo assim mesmo ao autor de A voz Submersa. Mas, diz que, agora, presenteia espiritualmente seu professor/orientador das pesquisas sobre o PÃO-POR-DEUS. Perpetua sua gratidão através da família e do estudante.
Maria Eli continua com suas pesquisas e as oficializa, faz oficinas e palestras sobre os temas dos seus livros, envolve-se com a vice-presidência do Circulo de Escritores Letra Fora da Gaveta de Ijuí-RS, além de exercer a docência para a Fundação Getúlio Vargas.
Parecer
Na minha condição de Professor de Teoria da Literatura e de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina, durante mais de três décadas, atuando no ensino da Graduação e da Pós-Graduação, tive oportunidade de ser Professor e Orientador de Mestrado de Maria Eli Braga Mannrich, e constatei sua disposição e preparo para o trabalho intelectual e acadêmico, para a pesquisa aprofundada e persistente.
Durante seu Mestrado, correspondeu em excesso ao que o Programa exigia. Sua pesquisa sobre a forma poética e popular do “Pão-Por-Deus” evidenciou que trabalhava não apenas para conquistar um título acadêmico, mas, sobretudo, para resgatar elementos fundamentais da cultura catarinense. Não media esforços e, às próprias custas, empreendeu inúmeras viagens por diversas regiões do Estado, em busca de textos poéticos produzidos no passado e de pessoas que ainda praticavam essa tradição poética tão volátil, quase que totalmente oralizada ou esparsa em reduzidas e individualizadas folhas de papel, de fácil perecimento. O resultado foi uma obra valiosa de resgate e valorização da nossa cultura.
Por isso, senti-me gratificado ao constatar que a Professora e Pesquisadora Maria Eli prossegue firme e convicta no seu trabalho e organizou todo um projeto em torno de um tema de que já falava há vários anos e sobre o qual conversou, inclusive, com Salim Miguel: os desafios que experimentou com a personagem Dulce, ao ler o romance A voz Submersa, uma narrativa com inúmeros aspectos originais e que retoma os pesados anos do regime militar, nos anos 60, que amarguraram a vida de muitas pessoas, enquanto outras festejavam o regime de restrições, usufruindo de privilégios destacados. Sobre um aspecto não tenho a menor dúvida: a pesquisadora detém qualificação plena para o trabalho a que se propõe e sua dedicação e persistência no que empreende são inquestionáveis.
Espero que seu Projeto receba a melhor acolhida e apoio, a fim de que se concretize mais essa pesquisa e possamos não apenas apreciar e valorizar o trabalho resultante, mas tenhamos ainda uma contribuição para valorizar o meritório romance de Salim Miguel.
Prof. Dr. Lauro Junkes
Professor Titular da UFSC
Presidente da Academia Catarinense de Letras desde 2003
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