Contestado em Guerra – 2ªedição

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Descrição

100 anos do massacre insepulto do Brasil – 1912-2012

Organizador: Nilson Cesar Fraga

Prefácios de Eliane Tomasi Paulino e Josué da Costa Silva

ISBN: 978-85-524-0444-6

Páginas: 552 il.

Peso: 830g

Ano: 2024

16x23cm

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Esta obra, agora em sua segunda edição, foi organizada para lançar novas luzes sobre o Centenário da Guerra do Contestado (1912-2012), episódio obscurecido pela república repressora e vencedora. Contribui para esclarecer a injustificável barbárie institucionalizada e executada naquela região pelos interesses conjugados de grandes conglomerados estrangeiros e das elites locais, numa suposta resposta ao messianismo fanático e aos conflitos fronteiriços entre dois estados da federação. Um conflito pelo território de existência, para os camponeses, e de extração da renda da terra, para a classe dominante.
A atualidade desta nova publicação, já ressaltada por Eliane Tomiasi Paulino no seu prefácio da primeira edição, “está no fato de que outros camponeses, hoje nas terras do Contestado, têm à sua frente o mesmo inimigo de classe de outrora, cuja roupagem menos ameaçadora não o torna menos ávido na prática da rapina, que também adquire expressões diversas das de outrora, porque não se trata mais de exterminá-los para retirar-lhes a terra, mas de subjugá-los, como forma de extrair a riqueza que provém de seu trabalho empregado na terra e no que nela há, ao que se denomina sujeição da renda da terra ao capital”.

Daí a razão de tentar remover da memória coletiva os fatos e conteúdos da Guerra do Contestado, que deve ser entendida, e não esquecida.
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A primeira edição deste livro foi publicada no ano do centenário (2012) da Guerra do Contestado. Agora, doze anos depois que veio à lume, continua a contribuir para retirar da invisibilidade alguns aspectos importantes daquela brava insurreição xucra. Na realidade um sangue derramado nas disputas de terras de então, com as oligarquias fundiárias investindo contra os desamparados pequenos proprietários de terras catarinenses e paranaenses.
Nada muito diferente do que hoje acontece naquela região, que ainda é a mais miserável dos dois estados, ocupada ainda por seres humanos pobres e indigentes. Aliás, o que se pretende com esse livro, como diz o organizador Nilson Cesar Fraga, é “demonstrar que o Contestado foi muito maior do que se supunha territorialmente, pois há reflexos da sua complexidade social e cultural por todo o Paraná e Santa Catarina, ainda passível de muitos desvendares e desenrolares analíticos futuros”.
O Contestado foi amaldiçoado nos últimos cento e doze anos pelas minorias dominantes, pois envolveu interesses sociais, econômicos e políticos dos velhos coronéis e, assim, as sucessivas elites governantes e políticas que secularmente dominaram aquele território trataram de sepultar um dos genocídios mais sanguinários praticados pela Primeira República. O tema é político até os dias atuais e, por isso, pensou-se e publicou-se essa obra sobre os 100 anos do Contestado em Guerra, como forma de marcar uma guerra inconclusa e insepulta.
As páginas que se abrirão aos leitores, não deixam as chagas do passado serem encobertas, têm leituras científicas e análises feitas em trabalho de campo, mas também iluminam outros Contestados observados naquela região. Segundo palavras do organizador, “em forma de arte, descortinando maiores possibilidades analíticas sobre como está, mais de um século depois, aquela terra que foi calada pela boca dos canhões da república do diabo, assim vista pelos caboclos e caboclas daquela época”.
Sem dúvida, esta leitura lançará um pouco mais de luz sobre a tragédia que se abateu naqueles sertões da incipiente e instável República proclamada no final do século XIX e ainda frágil nas primeiras décadas de 1900. O certo é que o tema em questão, a Guerra do Contestado, não se esgotou e ninguém é dono da verdade sobre o ocorrido nesses últimos 112 anos. Há muito a desvendar sobre os quatro anos de guerra civil camponesa, bem como não se pode admitir a miséria que até hoje impera sobre os habitantes daquela região.
“A Guerra do Contestado teve início em 1912 e se estende até 2024 para os milhares de homens, mulheres, crianças e idosos que vivem à margem da sociedade opulenta de paranaenses e catarinenses, na miséria do Contestado em Guerra”, sentencia o professor Nilson Cesar Fraga.
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Autores(as)
Adão dos Santos
Alcimara Aparecida Föetsch
Anderson Gibathe
Barbara Biscaro
Beatriz Accioly Alves Machiori
Beatriz Helena Furlanetto
Bruno Augusto Florentino
Bruno César Deschamps Meirinho
Célia Regina De Bortoli
Elizabete Sayuri Kushano
Emanuele Tatiane Dambrowski
Fernando Anísio de Oliveira Simas
Gustavo Felipe Olesko
João Carlos Amaro Neto
José Ricardo Teles Feitosa
Maíra Pedron Fontana
Marcelo Bordin
Márcia Elizabéte Schuler
Marcos Luiz Filippim
Marcos Silva Moura
Michele Aparecida Hobal
Neusa Maria Tauscheck
Nilson Cesar Fraga
Rita Peixer Soethe
Rodrigo Meira Martoni
Rosilene Komarcheski
Sandra Andrea Engelmann
Sylvio Back
Tanize Tomasi Alves
Urda Alice Klueger
Vanessa Maria Ludka
Vicente Telles
Wiviany Mattozo de Araujo

Informação adicional

Peso 950 g
Dimensões 16 × 23 cm

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