Descrição
Tendências e Desafios da Educação Brasileira
Autor: Dilvo Ristoff
ISBN: 978-85-7474-571-8
Páginas: 312
Peso: 520g
Ano: 2011
Como será a educação brasileira nas próximas décadas? Como faremos para garantir educação de qualidade para todos? Quais são os desafios do atual sistema de avaliação educacional? Como cuidaremos da formação específica dos professores da educação básica? Como enfrentaremos o grave problema do improviso no ensino das diversas disciplinas no ensino fundamental e médio? O que deveríamos fazer pelas licenciaturas, que formam os professores de nossos filhos? Como cuidaremos da valorização dos professores e dos demais profissionais da educação? Qual será o impacto da incorporação e do uso das novas tecnologias nas salas de aula? Como serão as políticas que deverão possibilitar o acesso à educação superior dos grupos historicamente excluídos?
Em uma sociedade em permanente mudança e que nos coloca a cada dia diante de novos e importantes dilemas, como nos prepararemos para formar pessoas que sejam capazes de lidar com os desafios atuais do mundo e com os desafios que sequer foram identificados mas que certamente se apresentarão? Como formaremos pessoas que estejam preparadas para ocupar funções que ainda não existem e aplicar tecnologias que ainda estão por ser desenvolvidas? Estas são algumas das questões abordadas neste livro, que reúne um conjunto de artigos publicados nos últimos anos.
Ao discutir as forças que têm determinado as tendências da educação brasileira, nas últimas décadas, Dilvo Ristoff aponta para os grandes desafios que terão que ser enfrentados pelo Brasil para que ele possa se tornar efetivamente uma nação avançada nas artes, nas ciências e na tecnologia; soberana — dona de seu destino; inclusiva — com oportunidades para todos os que buscam a educação, inicial ou continuada; democrática — a serviço do povo e não de oligarquias ou de grupos privilegiados; e emancipadora — que permita aos indivíduos e grupos sociais, graças à educação de qualidade que receberam, gerarem as suas próprias oportunidades na vida.
Dados bibliográficos
Dilvo Ristoff é uma das principais referências nacionais na reflexão sobre a educação superior brasileira. Professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina, foi Pró-Reitor de Graduação da instituição e, como tal, presidiu o Fórum Nacional dos Pró-Reitores de Graduação das Universidades Brasileiras, integrou a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior e o Comitê Assessor do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB).
Na UFSC, Dilvo Ristoff foi ainda Coordenador de Pós-Graduação, tendo neste período levado o seu Programa a obter a nota 5 junto à Capes, e Diretor do Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Como Diretor de Centro coordenou o processo de criação do curso de Cinema na UFSC e idealizou, junto com professores, estudantes e servidores técnico-administrativos do Centro de Comunicação e Expressão, o Projeto Um Dedo de Prosa, de valorização da Literatura Catarinense – pelo qual foi premiado em 2002 com o troféu Boi-de-Mamão e, em 2005, juntamente com a nova Direção do CCE, com homenagem da Academia Catarinense de Letras.
Foi, por mais de quatro anos, Diretor de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), tendo participado ativamente do processo de construção e implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Exerceu, ainda, o cargo de Diretor de Educação Básica da Capes, onde atuou na formulação da Política Nacional de Formação de Professores, na implantação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na reorganização e viabilização do Observatório da Educação e do Prodocência e na formulação, junto com a Secretaria de Educação Superior do MEC, do Programa de Mobilidade Acadêmica Brasil, entre outros.
Participou da equipe que em 2002 elaborou o Programa de Educação (Uma Escola do Tamanho do Brasil) do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, tendo contribuído especialmente na definição das vinte e cinco ações para a educação superior brasileira.
Presidiu a Comissão de Implantação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), instituição que foi instalada em cinco campi, em diferentes cidades dos três estados da região Sul em tempo recorde. Sancionada a lei de criação da UFFS, foi nomeado seu Reitor pro-tempore. Em poucos meses organizou os concursos para docentes e servidores técnico-administrativos, definiu as regras para a democratização do acesso à instituição, conduziu o processo seletivo para os estudantes e preparou a instituição para receber, com qualidade, os primeiros 2.160 estudantes, 300 professores e 220 servidores técnico-administrativos. Após dois anos de intenso trabalho no processo de estruturação e implantação e na constituição do Conselho Estratégico Social e do primeiro Conselho Universitário da UFFS, julgou cumprida sua tarefa, retornando às suas funções na UFSC.
Dilvo Ristoff é doutor pela University of Southern California, Los Angeles, e autor dos livros Universidade em foco – reflexões sobre a educação superior (Editora Insular, 1999); Neo-realismo e a crise da representação (Editora Insular, 2003); Updike´s América (Editora Peter Lang, 1988); John Updike´s Rabbit at Rest: Appropriating History (Peter Lang, 2008) e co-autor dos livros Avaliação participativa: Perspectiva e debates (Coleção Educação Superior em Debate, Editora do Inep, 2005); Trajetória da mulher na educação brasileira (org.) (Editora do Inep, 2005); Trajetória da mulher na educação superior (Editora Inep, 2007); Educação superior brasileira 1991-2004, obra em 27 volumes, uma por UF (Editora Inep 2007); Universidade desconstruída. Avaliação e resistência (Editora Insular, 2000); Avaliação democrática para uma universidade cidadã (Insular, 2002); Avaliação e compromisso público. A Educação superior em debate (Insular, 2003); entre muitos outros. Tem participado, como autor, de inúmeros capítulos de livros, no Brasil e no Exterior, sobre literatura, avaliação e políticas públicas para a educação superior, entre os quais destaca-se Universidade em ruínas na república dos professores (Editora Vozes, 1999), a coletânea de livros sobre avaliação de autoria de L. C. Freitas – Avaliação – construindo o campo e a crítica (Editora Insular, 2002) e, Questões de Avaliação Educacional (Editora Komedi, 2003), Re-Visioning the Past – Historical Self-Reflexivity in American Short Fiction (Wissenschaftlicher Verlag Trier, 1998); Rabbit Tales – Poetry and Politicas in John Updike´s Novels (The University of Alabama Press, 1998) e o livro editado por Michaela Martin Equity and Quality Assurance – a Marriage of Two Minds (Editora Unesco e International Institute for Education and Planning, 2010).
Foi um dos fundadores e durante vários anos o editor da Revista Ilha do Desterro (criada, na UFSC, em 1979); foi também fundador, em 1996, junto com José Dias Sobrinho (Unicamp), da revista Avaliação, sendo até hoje o seu Editor Adjunto.
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