Chica Pelega: a guerreira de Taquaruçu

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Descrição

Autor: A. Sanford Vasconcellos

ISBN: 85-7474-033-0

Páginas: 200

ANO: 2000

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Esta obra nos revela as chocantes injustiças e os desmandos que culminaram na Guerra do Contestado, que teve por cenário o planalto catarinense, palco do mais violento e prolongando movimento armado da história do país. Ela ressurge sob o chicote verbal de um velho jornalista que, irrequieto na sua aposentadoria, pinçou, dentre os protagonistas dos combates, a fascinante figura de Francisca Roberta, a brava Chica Pelega, heroína da Cidade Santa de Taquaraçu. E entre embates, esperanças e morticínios, foi o veterano escriba redesenhando a sua comovente e trágica crônica.

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Depois de “O Dragão Vermelho do Contestado”, o escritor A. Sanford de Vasconcellos volta a abordar um dos conflitos mais importantes do Brasil neste século, desta vez com “Chica Pelega: A Guerreira de Taquaruçu”, que será lançado hoje, às 20 horas, na Assembléia Legislativa. Personagem desconhecida da revolta entre jagunços e as tropas do Exército Nacional que se arrastou pelo Planalto e Meio-Oeste de Santa Catarina de 1912 a 1916, a personagem Francisca Roberta chegou até Sanford de Vasconcellos quando ele preparava “O Dragão Vermelho”, lançado em 1998 e vencedor do prêmio na 1ª Bienal do Livro do Cone Sul, no ano passado, em Florianópolis.

A guerreira entra para a história de Santa Catarina aos 16 anos, quando o pai é morto pelas tropas do Exército, que vieram para o Sul do Brasil proteger a construção de uma estrada de ferro, patrocinada pela empresa norte-americana Brazil Railway, ligando União da Vitória (PR) até o Rio Grande do Sul. A Guerra do Contestado se inicia com a revolta dos sertanejos que moravam no local e foram expulsos pelos agentes de segurança. No dia em que o pai é morto, Chica Pelega e a mãe escapam da morte por acaso. Agentes do Exército atacam as casas e as plantações dos caboclos. Com a roupa no corpo, Chica parte em busca de um grupo que pudesse defender o pouco que ainda restava das terras. “Os que não obedeciam os editais era mortos e tinham suas casas incendiadas”, conta Sanford, juiz de direito aposentado e autor de nove livros.
Provavelmente nascida em Joaçaba, Chica Pelega ficou conhecida por liderar o grupo que liqüidou os agentes do Exército Nacional na localidade de Taquaruçu, em Curitibanos. “Ela não tinha medo de morrer. Ela era o espírito dos injustiçados. Eu peguei a Chica Pelega de propósito, tanto pela sua história trágica como pela sua reação. Não estava na história dela ser guerreira. Ela foi embrutecida pelas circunstâncias. O livro é uma trajetória heróica”, conta.

Escritor usou a imaginação para retratar a história trágica da personagem desconhecida, Aulo Sanford de Vasconcellos conectou a ficção às informações já conhecidas da história, sejam retratadas em livros ou passadas de geração em geração através da oralidade. “A Chica é muito mais fruto da minha imaginação. A não ser a parte do Exército, que tem seus registros, o Contestado foi feito por histórias orais”, explica o autor de 64 anos.
Apesar da inesgotável fonte de histórias que a Guerra do Contestado traz para historiadores e ficcionistas, Vasconcellos acredita que a sua contribuição “como catarinense” se esgotou neste segundo livro dedicado ao tema. “O Contestado é uma história com material quase inesgotável. É muito rico”, diz. Outro personagem que ele considera injustiçado pelo destino é o capitão do Exército Matos Costa, um dos poucos oficiais, na opinião de Sanford, a perceber a verdadeira situação social da região e as injustiças praticadas contra os jagunços. O capitão, assassinado por jagunços, foi relatada por ele em “O Dragão Vermelho do Contestado”.
A personagem de Chica Pelega foi marcante na vida do escritor. Uma das cenas mais destacadas é a da morte da guerreira, aos 20 anos, já nas últimas páginas da obra. Por causa da mãe doente, Chica decide ficar em Caraguatá, próximo a Caçador, e não seguir para uma batalha em que os homens iriam enfrentar os oficiais. No local ficaram mulheres, velhos e crianças, pois na visão dos guerreiros, estes seriam poupados do ataque do Exército. No ataque, os oficiais não pouparam ninguém. Enlouquecida pela morte do marido e, agora, da filha, a mãe carrega Chica no colo e a embala numa canção de ninar. “Ao contar a história de Chica, estou contando a história de todos os injustiçados do Contestado. Ela é o plural”, diz. (A.C.M.)”

Informação adicional

Peso 296 g
Dimensões 14 × 21 cm

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