Descrição
Autor: Rogério Luiz de Souza
ISBN: 978-85-7474-466-7
Páginas:216
Peso: 350g
ANO: 2009
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Ler Rogério Luiz de Sousa é desopilar o sorumbatismo em que possa se encontrar o leitor no momento em que for folhear, ler e degustar este livro, pois que ele faz uma integração com a Art Pop em contos que bem poderiam ser farsas, estórias aromatizadas com chistes, piadas, curiosidades, cenas burlescas, metáforas do cotidiano e comparações sui generis.
(…)
Não só o florianopolitês misturado ao dialeto caipira nos atrai nos contos de Rogério, há neles também uma galeria de personagens de nomes extravagantes que desfilam mostrando-nos uma alma com todos os seus problemas, seus encantos e desencantos, personagens que tomando forma e ação podemos encontrar na calçada de nossa cidade a qualquer momento.
<palign=right>Professor José Curi
Tinham decidido ir porque a dona Bituim, a nora da vizinha que fora avisar do estado desesperador da parenta, tinha apresentado um quadro tão terminal que deu pena, deu dó.
Tiveram que tomar uma atitude.
(O grande entorno)
— Meu amigo, não há vácuo no Universo. Você não pode dizer que ele não existe, pois assim você está criando um vácuo, que é o lugar onde Deus deveria estar! Se você tira Deus do seu lugar, como não pode haver vácuo, você tem que colocar alguma coisa no lugar. O que é que está lá, no lugar de Deus?
— Este lugar de que você fala não existe, e esse teu Deus também não!
— Seu Deredeu, então o senhor está matando Deus e criando um vácuo?
<palign=right> (Sidinei Polina)
— Doutor, a nossa irmã, ela diz que não, mas quando ela era pequenininha, teve sarampo, caxumba e catapora ao mesmo tempo. De lá pra cá nunca mais prestou. Perdeu cinco casamentos. Ficou uma pessoa muito impressionada.
E ela não explica as coisas direito. Por último, apareceu uma forte dor nas omeosplata, ela vive numa lamentação só. Fomos a médico, mandamos rezar missa, nada.
Quem sabe o senhor benze e ela fica boa?
— Forte dor na omoplata? Isso tem alguma coisa a ver com preguiça óssea. Mas não vamos nos precipitar. Vejamos o que dizem os búzios.
(Reza amarga)
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