Descrição
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Mais do que qualquer outro criador de seu tempo, Leonardo tornou a arte científica e a ciência artística. Este é o foco de últimas consequências que foram primeiras soluções fundamentadoras de eras, fundação e expansão de saberes como verificamos por meio de Foucault de As palavras e as coisas.
Leonardo, precoce na arte de desenhar e pintar, deve ser considerado como um dos principais criadores desta época com sua mente analógica e analítica, estudando a natureza em todos os seus aspectos, criando uma relação fenomenal entre o mundo menor (micro), e o mundo maior (macro). Para tanto, ele se valeu da arte científica e da ciência artística – faculdades de um polímata com vertentes que se correspondiam com as técnicas adequadas para que reconhecimentos artísticos, científicos e inventivos fossem apresentados com o desenho, no mesmo sentido dos reconhecimentos da arte subentendendo aplicações incomuns de ciência, lembrando que para Leonardo interessava o conhecido para poder chegar ao que não se conhecia ainda.
De um modo geral, os artistas contemporâneos de Leonardo assim procederam, mas ele foi além dos demais por também ser cientista e inventor cuja vontade criativa deu soluções aos mais variados problemas de sua época, e, ao mesmo tempo, fazendo com que a arte inovasse a visão do humano até então limitada ao antropocêntrico.
Por isso, ele disse que a “arte é coisa mental”, um conceito que o autor deste ensaio, Jayro Schmidt, procurou refletir como extensão do que o artista percebia com naturalismo, que o limite de um corpo pertence a ele e ao espaço circundante.
A pintura é coisa mental, portanto a expressão visível das ideias, dos mais esconsos sentimentos.
Nenhuma reflexão humana pode ser denominada ciência se antes não passa pelas demonstrações matemáticas.
Por ter sido considerado arquétipo da Alta Renascença, em síntese didática este ensaio procurou situar a inventividade de Leonardo como homem total ou ideal que o humanismo de então
representava.
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