Descrição
Autora: Flora Tristan
Tradutora: Rosa Alice Mosimann
ISBN 978-85-7474-961-7
Páginas: 160
Peso: 190g
Ano 2017
15x21cm
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A tradutora Rosa Alice Mosimanné Professora Titular da UFSC onde se formou em Letras (francês português) e foi professora de língua e literatura francesas durante 28 anos. Também ensinou Literatura Brasileira na pós-graduação em Letras. Doutorou-se em Literatura Comparada na Université de Toulouse − Le Mirail, França, como bolsista do governo francês. Publicou muitos artigos sobre Literatura Francesa, no Brasil e na França, tendo também atuado com frequência como tradutora simultânea de cursos e palestras.
Depois de aposentada trabalhou em versões francesas de textos em português e finalmente em traduções de livros de mulheres escritoras do século XIX, como Diário de viagem ao redor do mundo, de Rose de Freycinet, trabalho para o qual recebeu uma bolsa de pesquisa do CNL − Centro Nacional do Livro, órgão francês do Ministério da Cultura, e agora este União dos Operários, de Flora Tristan.
A escritora militante Flora Tristan(Flora Célesti ne Therèse Henriett e) nasceu perto de Paris em 1803, viveu na França e faleceu com pouca idade em 1844. Era fi lha de um peruano, oficial do exército espanhol, e de uma francesa.
Mesmo com reconhecida importância, Flora é praticamente uma desconhecida e daí a oportunidade desta publicação traduzida por Rosa Alice Mosimann. Apesar desse desconhecimento atual, sua vida não passou despercebida e foi uma personalidade do socialismo francês. Em sua batalha
pelo socialismo uniu as lutas pela conscientização
e emancipação da mulher aos combates e organização do movimento operário. Teve uma vida difícil, por sua condição feminina e constantes perseguições políticas.
Contemporânea de Honoré de Balzac, George
Sand, Charles-François Fourier e Karl Marx, em
vida foi reconhecida tanto por Marx, Engels, Arnold Ruge e Moses Hess, quanto mais tarde por
outros que a resgataram, como Jules Puech (1925),
Margaret Goldsmith (1935), Luís Alberto Sánchez
(1940), Lucien Scheler (1947), Jean Cassou (1948)
e já nos anos 50 por André Breton, além de Dominique Desanti (1972), Paule Lejeune (1975), Sílvia
Bordini (1976), Yolanda Marco (1977), Fiamma
Lussana (1981), Leandro Konder (1984) e Mario
Vargas Llosa (2003), destacando-se ainda François
Bédarida, Daniel Armogathe, Jacques Grandjonc, Denys Cuche e Stéphane Michaud
Resumo das ideias contidas nesse livro e cuja finalidade é de:
1. CONSTITUIR A CLASSE OPERÁRIA por meio de uma UNIÃO compacta, sólida e indissolúvel.
2. Fazer representar a classe operária diante da nação por um defensor escolhido pela
UNIÃO dos OPERÁRIOS e assalariada por ela para deixar bem claro que essa classe
tem seu direito de existir, e que as outras classes devem aceitá-la.
3. Fazer reconhecer a legitimidade da propriedade dos braços. (Na França, 25 milhões de
proletários têm, como única propriedade, seus braços.)
4. Fazer reconhecer a legitimidade do direito ao trabalho para todos e para todas.
5. Fazer reconhecer a legitimidade do direito à instrução moral, intelectual, profissional
para todos e para todas.
6. Examinar a possibilidade de organizar o trabalho no estado social atual.
7. Construir em cada departamento PALÁCIOS DA UNIÃO dos OPERÁRIOS, onde serão
instruídos os filhos da classe operária, intelectual e profissionalmente, e onde serão
admitidos os operários e as operárias feridos no exercício da profissão, e os que são
enfermos ou idosos.
8. Reconhecer a necessidade urgente de dar às mulheres do povo uma educação moral,
intelectual e profissional, a fim de que se tornem agentes moralizadores dos homens
do povo.
9. Reconhecer, em princípio, a igualdade de direitos do homem e da mulher como único
meio de constituir a UNIDADE HUMANA.
Flora Tristan,1843
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