Descrição
Série Tecnologia Social – Volume 5
Autor: Claiton Mello
Série tecnologia Social
Volume 5
ISBN: 978-65-88401-86-6
Páginas:204
Ano: 2021
Para quem trabalha com desenvolvimento local, com a organização econômica e social do território, com a mobilização do que Milton Santos chamava de “circuito inferior” da economia, o presente estudo constitui uma excelente ferramenta de trabalho. A partir de uma análise de casos concretos, o autor nos traz a visão mais ampla da mudança do contexto social e cultural que é essencial para a promoção dos processos produtivos. Excelente leitura para entender a economia real. Ladislau Dowbor
Economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi consultor de diversas agências das Nações Unidas, governos e municípios, além de várias organizações do sistema “S”. Autor e coautor de cerca de 40 livros, toda sua produção intelectual está disponível online na página dowbor.org.
No Brasil, quando se tornarem paradigmas de políticas públicas os estudos sobre a economia real, que envolve quase 2/3 da população em idade ativa de 166 milhões de pessoas, certamente haverá menos desigualdades. Tais como descritas e analisadas as experiências situadas regionalmente neste volume, a solução é constituir uma expressiva camada da sociedade brasileira envolvida com redes de economia familiar, comunitária, social e solidária. A contribuição deste estudo de Claiton Mello é justamente demonstrar que a gestão social nessas redes difere da gerencial das empresas com fins lucrativos. E mais, as políticas de fomento devem proteger e estimular justamente a gestão social! Ricardo Toledo Neder
Professor Dr. Associado da Universidade de Brasília (UnB). Coordenador do Núcleo de Política Científica, Tecnológica e Sociedade (NPCTS), do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM/UnB) e da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP/UnB).
O livro está organizado em sete capítulos.
O primeiro situa o leitor no território, para compreender os atores, as políticas públicas e os desafios dos negócios dos agricultores familiares, e analisa a última pesquisa (2013) sobre a economia solidária (ES).
O segundo mostra a complexidade dos arranjos e formas de funcionamento dos empreendimentos econômicos solidários (EES) e sua relação com os demais agentes políticos, técnicos e sociais na interação com o território.
O terceiro relaciona o fazer da agricultura familiar com os conceitos da ES. Define as três estruturas fundamentais dos EES: produtiva, associativa e de comercialização. Os processos de construtivismo e de tecnologia social, como base da prática dos empreendimentos, são descritos e postos como método do trabalho solidário entre os agricultores.
Os três capítulos seguintes traduzem o diálogo autor-ator para a construção do conhecimento, as vozes dos agricultores e agricultoras são reproduzidas em texto, captadas nas diversas reuniões com os grupos cooperados de apicultores e cajucultores. No quarto capítulo entende-se como se relacionam com cada estrutura dos EES. O quinto analisa a convivência dos agentes técnicos, sociais e políticos junto aos EES, e a dinâmica possível de construção de redes sociotécnicas capazes de extrapolar os seus limites normativos e constituírem espaços de troca de saberes e construção de novos conhecimentos comuns. O sexto trata dos gargalos da participação cooperativa nos dizeres dos próprios atores, e apresenta dados sobre os resultados econômicos e produtivos da Cocajupi e Casa Apis.
No último capítulo, recomendações para o fortalecimento da participação cooperativa e dos EES, servindo como indicadores a outras experiências de negócios solidários.
Claiton Mello é mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília − UnB (2010) e graduado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pelo Centro Universitário de Brasília (1999). Cursou pós-graduação em Gestão Social e Terceiro Setor pelo Centro Universitário Euroamericano (2008). Atuou como gestor de inúmeros projetos nas áreas de comunicação, geração de renda e mobilização social (2004 a 2013), quando trabalhou na Fundação Banco do Brasil. Foi diretor na área de inclusão digital do Ministério das Comunicações (2015) e assessor da Secretaria de Governo da Presidência da República até o golpe jurídico-parlamentar-midiático (2016). Atua como professor voluntário na área de ciências humanas e participa da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), vinculado à UnB na Faculdade de Planaltina (2018).
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