Descrição
Memórias, estudos e reflexões sobre o papel da imagem nos noticiários de TV
Autor: Antonio Claudio Brasil
ISBN: 978-85-7474-640-1
Páginas: 216
Peso: 280g
Ano: 2012
Capa: Rodrigo Poeta
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Este é um livro que se inspira entre o sentido da imagem e a razão da palavra. O papel da imagem na construção da notícia televisiva. Nele, Antonio Claudio Brasil apresenta sua vasta experiência − profissional, na pesquisa e no ensino universitário − com a imagem e o telejornalismo. Um conhecimento e uma relação que o fazem compreender o poder, a influência e a importância da imagem na televisão e no telejornalismo, enfim na informação televisiva para os espectadores. É o consumo, diário e crescente, de imagens eletrônicas na sociedade contemporânea, que o levou a uma preocupação com as novas tecnologias aplicadas à televisão e ao telejornalismo e com as possíveis interfaces, pois estas facilidades tecnológicas podem proporcionar inovações e melhorar e adequar os processos produtivos. “Este livro é uma defesa da imagem e de seus produtores nos noticiários de TV. Após quarenta anos ‘no ar’, continuamos sonhando e lutando por um telejornalismo que cumpra seus deveres promessas: um Telejornalismo Imaginário”, enfatiza o autor.
Com este livro Antonio Claudio Brasil se antecipa à comemoração de 40 anos de atividade profissional jornalística, que ocorre no próximo ano. Para ele é um “projeto autoavaliativo” e um “instrumento confessional de meus sonhos”, no qual reuniu uma seleção de artigos sobre temas relacionados entre o Jornalismo, a Televisão e a Imagem. “São momentos que considero representativos de uma longa trajetória pessoal, profissional e acadêmica dedicada ao telejornalismo”, diz o autor, reafirmando o seu “fascínio pela imagem” que durante as últimas quatro décadas tem motivado a sua vida.
Aos 18 anos, ainda nos primeiros períodos do curso de jornalismo da PUC-RJ, Brasil foi trabalhar na TV Globo. “Queria aprender a fazer aquilo que me fascinava. Acho que
tive sorte ou azar, ainda não sei bem, mas pude participar de tempos pioneiros da Globo
no Rio, onde integrei a equipe de um novo telejornal, o “Jornal Nacional”, em plena ditadura. “Era emocionante ser estudante durante o dia e, à
tarde, trabalhar na TV do Walter Clark, Boni e Armando Nogueira”, conta.
O jornalista ainda participou do primeiro “Globo Repórter”, em 1973, e do primeiro
“Fantástico”, em 1974. Ele foi um dos primeiros jornalistas a ser enviado pela Globo para
a Europa, em 1976. “Fiz de tudo em TV em quase todos os lugares do mundo. Estava
sempre tentando convencer as pessoas de que no Brasil já se produzia um jornalismo de
TV de boa qualidade”. Como correspondente da Globo, ele ficou baseado em Londres, mas teve a oportunidade de viajar muito. “Era uma época do jornalismo de TV que ainda se viajava muito e com
pouquíssimo dinheiro. Correspondente da Globo naquela época, lembra que “vivíamos com poucos recursos, mas produzíamos muito. Não éramos considerados
estrelas da TV, capas de revista, apresentador de programas ou quase diplomatas. Não
tínhamos ainda um televidão!”.
Para o autor deste livro, os anos no exterior modificaram a sua forma de ver a TV, o Brasil e o
mundo. Ele voltou para o Rio de Janeiro em 1982 com novos desafios e decidiu montar
uma das primeiras produtoras de vídeo no Brasil, a RCV Vídeo e aceitou trabalhar para
uma agência internacional de notícias para TV, a UPITN. “Acabei me tornando um
correspondente estrangeiro no meu próprio país. Passei a ser o Brasil from Brazil”.
Antonio Claudio Brasil é colunista, professor dos cursos de graduação e pós-graduação em
jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina e escreve regularmente sobre
Telejornalismo e Novas Tecnologias.
É o criador e responsável pela implantação do projeto Telejornal e TV UERJ On-line, agraciado pela Intercom − Sociedade Interdisciplinar de Estudos em
Comunicação, com o Prêmio Luiz Beltrão para Grupo Inovador em 2002.
Mestre em Antropologia Social pela London School of Economics, em Londres,
Inglaterra e possui doutorado em Ciência da Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e pós-doutorado em
Novas Tecnologias pela Rutgers University de Nova Jersey nos EUA e Antropologia
Social pelo Museu Nacional da UFRJ.
Escreveu vários livros, entre eles Antimanual de Jornalismo e
Telejornalismo, internet e guerrilha tecnológica.
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