Descrição
Autora: Ana Paula Goulart de Andrade
ISBN: 978-85-524-0100-1
Páginas: 164
Peso: 255g
Ano: 2018
Como ponto de partida para compreender as mudanças no campo do telejornalismo na era digital, essa obra se foca na reflexão sobre o uso de imagens originadas em câmeras amadoras e de vigilância como prática relativamente nova e, no entanto, crescente na construção de narrativas telejornalísticas – a isso foi atribuído a classificação de “telejornalismo apócrifo”, aquele que se constrói a partir de imagens originadas no exterior do cânone jornalístico. Dessa forma, teoricamente, o trabalho considera apontamentos sobre a relação entre Comunicação e Poder, conceitos básicos das Teorias do Jornalismo, o cenário da convergência digital e as transformações que as tecnologias contemporâneas da comunicação imputam ao Telejornalismo. A ideia de “telejornalismo apócrifo”, seus aspectos fundamentais e seus desdobramentos no mercado de trabalho do jornalismo audiovisual se corporificam através de estudo de caso de três telejornais de alcance nacional (Jornal Nacional, Jornal da Record e SBT Brasil) e, ainda, de etnografia baseada na entrevista de oito profissionais da área do telejornalismo.
Esse livro foi constituído a partir de inquietações constantes sobre o fazer telejornalístico. Foram 13 anos dividindo o ofício entre o compromisso do ensino em sala de aula e o trabalho diário nas redações jornalísticas cariocas, de tal forma que o diálogo entre as rotinas produtivas e a pesquisa sobre telejornalismo se entrelaçaram, produzindo a necessidade de um olhar mais refinado para a relação entre a teoria e a prática televisiva.
O telejornalismo, configurado na era das massas, passa atualmente por profundas transformações no que chamamos de era digital. Isso ocorre tanto no âmbito da produção, quanto na circulação e recepção de conteúdos, merecendo reflexões que abarquem novos saberes nessa fase de transição na qual o jornalismo, enquanto lugar de produção de conhecimento e disputa à esfera pública, se encontra.
As discussões inadiáveis sobre essas mudanças ocorreram de forma ininterrupta por pelo menos dez anos em congressos científicos nacionais e internacionais e fóruns acadêmicos, o que rendeu uma representativa produção acadêmica na forma de artigos e capítulos de livros. A Rede de Pesquisa em Telejornalismo (TELEJor) e o Grupo de Pesquisa sobre Teoria do Jornalismo e Experiências Profissionais (TEJor), merecem destaque nesse processo por representarem um terreno fértil para relevantes discussões acadêmicas. O resultado de tudo isso serviu de inspiração para a produção dessa obra.
Ana Paula Goulart de Andrade
Doutoranda e mestre pelo PPG COM da PUC-Rio. Especialista em Telejornalismo e graduada em Jornalismo pela UNESA. Integrante da Rede TELEJor (SBPJor). Membro dos grupos de pesquisa TEJor (PUC-Rio) e Núcleo de Jornalismo e Audiovisual (UFJF). Leciona disciplinas de Telejornalismo, Teoria do Jornalismo, Edição de TV, Cibercultura, Jornalismo e Experiência, TCC, nos cursos do Ibmec-RJ, FPG e FACHA. É avaliadora de cursos de graduação da área de Comunicação Social do Inep/MEC. Coordena os MBAs em Hard News e Branded Content na FACHA. Responsável pelo Projeto “Para além da sala de aula”, que aproxima as pesquisas da academia às práticas do mercado. Atuou 13 anos como editora de texto, produtora, coordenadora de produção e chefe de reportagem em emissoras de TV. Atualmente pesquisa as práticas contemporâneas jornalísticas, com foco nas rotinas produtivas televisivas.
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