Descrição
Daniel Piassa Giovanaz
Páginas: 264
Peso: 285g
Ano: 2017
ISBN: 978-85-7474-981-5
A RBS pratica uma mídia antipovo, antinação e antibrasil. Afiliada à Rede Globo de Televisão, defende e repercute em Santa Catarina as políticas e os interesses desse grupo empresarial, que cresceu e se expandiu em razão de suas relações com a ditadura militar brasileira.
A RBS é antipovo porque ataca, sistematicamente, as greves dos trabalhadores por melhorias salariais e garantias de seus direitos; denigre os movimentos sociais que lutam por uma sociedade justa e igualitária; boicota os partidos políticos de esquerda que defendem um projeto de nação pós-capitalista; desconsidera a escola pública e a cultura popular que expressam a liberdade de crítica e a manifestação artística. Efetivamente, a RBS quer manter os padrões de acumulação das classes dominantes, às quais pertence e, ao mesmo tempo, representa.
A RBS é antinação porque pretende padronizar usos, costumes e tradições, fazendo tábula rasa das várias cosmovisões de diferentes grupos étnicos, tais como os indígenas e os negros.
A RBS é antibrasil porque defende a dependência de nosso país em relação aos centros hegemônicos do mundo, avalizando as políticas neoliberais dos sucessivos governos.
A RBS é um oligopólio prejudicial à informação e à formação do povo catarinense e brasileiro.
Waldir José Rampinelli
Professor titular do Departamento de História da UFSC
Este livro, lançado após o anúncio oficial da venda do império catarinense do Grupo RBS, reveste-se de relevância histórica. Trata-se de um refinado trabalho de análise documental, complementado com entrevistas qualitativas com 18 personagens que vão de políticos (ex-governadores e senadores), jornalistas que trabalham ou trabalharam para a família Sirotsky e lideranças sindicais da categoria.
A pesquisa de Giovanaz ganha mais relevância ainda se colocada no contexto destes tempos de comunicações online, em real time e intermitente, balizadas pela superficialidade, falta de apuração e descompromisso com a verdade. É no terreno simbólico midiático que as grandes empresas de comunicação marcam presença vertical no jogo da “opinião pública”, com presença marcante nas redes sociais e, de maneira mais ampla, pelo vasto território da internet.
Com seus robustos perfis, cujos conteúdos são compartilhados aos milhões, e a presença acachapante dos seus portais noticiosos e de entretenimento, grupos como Globo, Folha, Estadão, Abril, Record, Band, SBT, RBS se colocam como imbatíveis, do ponto de vista da formação da chamada “opinião pública”. Nesse sentido, o jornalista e pesquisador espanhol Pascual Serrano chama nossa atenção para “o papel cada vez mais sofisticado e potente que os meios de comunicação adquiriram nas sociedades democráticas, onde a formação da opinião pública é um elemento essencial para o exercício do poder”.
Samuel Lima
Jornalista e professor de Jornalismo da UFSC.
Natural de Joinville, Santa Catarina, Daniel Piassa Giovanaz é bacharel em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestre em História Cultural pela mesma instituição. É autor do documentário A Educação de Pinochet (2013), sobre as políticas educacionais da ditadura civil-militar no Chile, e cofundador do coletivo Maruim de jornalismo, em Florianópolis. Além de pesquisador da história da mídia, atua como repórter freelancer.
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