O argumento de Habermas sobre a dedução transcendental

Descrição

Autor: Aylton Barbieri Durão

ISBN: 978-85-7474-914-3
Páginas: 184
Peso: 205g
Ano: 2016
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“O título do livro O argumento de Habermas sobre a dedução transcendental já denuncia o tratamento de um tema espinhoso, o que demonstra a confiança do autor na sua competência, provada quantum satis ao longo do texto, com desenvoltura e conhecimento seguro do tema, conforme verá o leitor.”
Aquiles Côrtes Guimarães

A reconstrução habermasiana da filosofia transcendental flagrou a necessidade da dedução transcendental em Kant por causa do duplo sentido do conceito de a priori. Para uma filosofia que deseja superar o objetualismo, mostrando as condições subjetivas do conhecimento, não é mais possível a dependência das condições da verdade das proposições em relação às condições dos objetos da experiência. A proposição não pode descrever sem mediações os objetos. A metafísica pré-kantiana incorreu neste equívoco, mas o positivismo depois de Kant também. É por isso que Habermas afirma que o positivismo recuou para aquém de Kant do ponto de vista teórico. Portanto, as condições que tornam possíveis os objetos da experiência não podem ser imediatamente idênticas às condições que tornam válidos os enunciados sobre os objetos da experiência possível, ou o a priori da objetividade não é idêntico, sem mediações, ao a priori da argumentação.

Aylton Barbieri Durão é Graduado em Filosofia pela UERJ (1983), Mestrado em Filosofia pela UFRJ (1995), Doutorado em Filosofia pela Universidad de Valladolid, na Espanha (2003), revalidado pela UFRJ. Pós-Doutorados em Filosofia: um na UFRJ (2004) e três no CSIC (Consejo Superior de Investigaciones Científicas), na Espanha (2007-2008, 2009-2010 e 2014-2015). Foi bolsista na modalidade “movilidad de profesores de universidades públicas brasileñas” da Fundación Carolina, na Espanha (2007-2008 e 2009-2010) e na modalidade Pós-Doutorado no Exterior do CNPq (2014-2015). É Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da UFSC, tendo atuado como Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (1992-2009). Pesquisa na área de Filosofia Política e Filosofia do Direito, principalmente sobre temas relacionados à razão prática em Kant e Habermas e sobre o republicanismo.