Descrição
Identidade e imaginário católico na Escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar em Maracajá – SC (1959-1976)
Autor: Lúcio Vânio Moraes
ISBN: 978-85-7474-535-0
Páginas: 264 il.
Peso: 290g
Ano: 2010
As obras de investigação historiográfica voltadas para uma realidade específica ganham espaço em nossos dias, quando a redução do campo analítico vem acompanhada da crise dos chamados modelos macro-explicativos. Assim, as singularidades históricas ganham contornos definidos, revelando casos nem sempre previsíveis, situações nem sempre capazes de repetição.
Ao estudar a história de uma instituição de ensino, Lúcio Vânio Moraes persegue justamente essas singularidades, que fazem com que seu olhar sobre seu objeto de pesquisa traga consigo traços de uma realidade própria, nem sempre visível em análises abrangentes demais ou tendentes a desvalorizar as particularidades empíricas que fazem com que o particular apareça.
Lúcio Vânio Moraes estuda uma realidade muito próxima a ele: uma instituição escolar com a qual se liga por laços afetivos, biográficos e familiares. Esta presença de motivações subjetivas, longe de comprometer a pesquisa histórica é um fator que habilita, em nossos dias, o historiador a captar facetas da realidade que de outra forma passariam ao largo do pesquisador movido única e exclusivamente por razões acadêmicas. Sendo assim, sua assumida familiaridade com o assunto estudado, bem como a presença de motivações até emotivas na escolha temática, dão condições para que os dados empíricos não sejam apenas números, evidências e nomes, mas que sua narrativa revele a humanidade sempre bem vinda quando o assunto é educação.
Artur Cesar Isaia
Programa de Pós-Graduação em História−UFSC
Lúcio Vânio Moraes é filho de Lorena Duarte e Lúcio Olavino Moraes. Natural de Maracajá, Santa Catarina, nasceu em 27/7/1980. É graduado em História e mestre em Educação pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC. É autor dos livros: História e memória religiosa: Paróquia Nossa Senhora da Conceição (2008) e Maracajá: Outras memórias, Novas histórias (2009). Atualmente dedica-se ao doutorado em História Cultural na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a orientação do professor Dr. Artur Cesar Isaia. É bolsista pelo Programa de Bolsas Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior (FUMDES) e membro do grupo de estudo no laboratório de Religiosidade e Cultura (LARC), vinculado ao Departamento de História e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina.
“Não é difícil ver que essa situação terá consequências de longo alcance para a estrutura social dos diversos grupos religiosos. O que ocorre aqui, simplesmente, é que os grupos religiosos transformam-se de monopólios em competitivas agências de mercado. Anteriormente, os grupos religiosos eram organizados como convém a uma instituição que exerce um controle exclusivo sobre uma população de dependentes. Agora, os grupos religiosos têm de se organizar de forma a conquistar uma população de consumidores em competição com outros grupos que têm o mesmo propósito.”
Peter Berger
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