Descrição
Autora: Olívia Rangel Joffily
ISBN: 978-85-7474-900-6
Páginas: 192 il.
Peso: 220g
Ano: 2016
Este livro resgata a participação feminina na luta contra a ditadura militar, que atormentou nosso país de 1964 a 1985, e pela restauração da democracia.
Sob uma perspectiva feminista e um ângulo dos oprimidos, lança luz sobre um período que muitos pretendem ocultar e traz ao debate a militância, a resistência e a história de vida de mulheres que travaram um duro combate ao regime opressor. São aspectos às vezes ainda desconhecidos, que devem ser partilhados principalmente com as novas gerações. Revelam a complexidade das relações e a dimensão vivenciada no apoio e atuação clandestina nas organizações revolucionárias, na prisão, na tortura, no exílio, além da necessária reflexão que se impôs após a derrota da tirania e a restauração das liberdades democráticas.
Ilustra a memória histórica ao analisar e discutir a questão de gênero, e como a violência atingiu as mulheres e como elas reagiram.
Olivia Rangel Joffily tem uma escrita emocionante, difícil de largar, que toca fundo na gente. A força do tema, a beleza do texto, as ideias, as reflexões, a forma como os relatos são enredados para embasar as premissas teóricas contradizem a citação de Goethe, reproduzida no final do livro: “cinza é a teoria, mas verde e frondosa é a árvore da vida”. A teoria não é necessariamente cinza. No livro de Joffily, apresenta-se colorida, vívida. Esperança equilibrista é de grande importância política e um antídoto à amnésia histórico-política das gerações atuais, que parecem desconhecer os meandros de um período em que a ditadura e a repressão tiveram que conviver com a resistência e a militância.
No livro de Joffily, tudo se abre para novos conhecimentos: os debates sobre ética, as análises dos relatos, as histórias de vida das mulheres em suas múltiplas dimensões na relação com a vida político-partidária, o exílio, a militância, a repressão, a tortura, o fim da ditadura e as reflexões propostas. A obra ilustra empírica e teoricamente a propriedade de uma perspectiva feminista, de singularidade de gênero. Engendrar e, ao mesmo tempo, destacar a dimensão de classe de ética e das experiências de vida dos militantes é uma contribuição singular para a historiografia feminista brasileira.
Profa Dra Mary Castro
Professora do Programa de Pós Graduação Políticas Sociais e Cidadania na Sociedade Contemporânea na Universidade Católica de Salvador.
Professora na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.
Olivia Rangel Joffily é jornalista, mestre e doutora em Sociologia pela PUC. Foi docente da PUC-SP, da UNIP e da FACCAMP. Foi conselheira do Conselho Estadual da Condição Feminina, SP.
Anistiada política em 2008.
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