Erico Veríssimo: cruzando os caminhos do Tibicuera

Descrição

Autor: MACHADO, Aimberê Araken

ISBN: 85-7474-277-5

Páginas: 240

Peso: 395g

Ano: 2006

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Neste livro, Aimberê Araken Machado nos mostra um certo escritor e cosmopolita, de estilo direto e simples, ao mesmo tempo sofisticado e erudito, humanista e solidário, acima de tudo um prosador agradável. Este ensaio literário penetra na intimidade e revela aspectos pouco conhecidos, curiosos e interessantes da vida e de algumas obras de Érico Veríssimo, o Tibicuera.

O TIBICUERA

Érico Lopes Veríssimo (17/12/1905 – 28/11/1975) nasceu em Cruz Alta, no interior do Rio Grande do Sul, onde fez seus primeiros estudos. Com a decadência de sua rica e tradicional família gaúcha foi ajudante de comércio, bancário e auxiliar de farmácia em sua cidade natal. Lia então, Machado, Swift, Shaw. Frustrando-se sua vontade de estudar no exterior, mudou-se para a capital Porto Alegre em 1930 e começou a trabalhar como secretário da Revista do Globo, na antiga Editora Globo, quando, através do jornalismo literário, passou a exercer forte influência nos meios culturais de todo o país. Apaixonado pela literatura – lia fluentemente em inglês, francês, italiano e espanhol –, culto e cosmopolita, estreou na literatura em 1932, com a série de contos Fantoches. No ano seguinte lançou o romance Clarissa, com o qual conquistou a popularidade nacional. A ele se deveu a publicação no Brasil dos maiores escritores americanos e europeus, como Aldous Huxley e Katherine Mansfield, Proust e Virgínia Wolff, entre muitos outros. Anos depois, fez sucesso em todo o país com Olhai os Lírios do Campo (1938). Entre 1941 e 1945 dá aulas de literatura na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Desse período resultam Gato Preto em Campo de Neve (1941) e A Volta do Gato Preto (1945). Escreveu vários livros (verdadeiros best-sellers vertidos para várias línguas) e fez inúmeras traduções. O ponto alto de sua carreira foi a trilogia O Tempo e o Vento: O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1961). Em seus últimos livros O Prisioneiro (1967) e O Senhor Embaixador (1965) afasta-se da temática sulina que marcou seus escritos e produz um novo tipo de romance, político-internacional, preservando seu cálido liberalismo socializante, seu humanismo e seu amor à liberdade presentes em toda sua obra. Morreu aos 69 anos em Porto Alegre e seu notável legado literário inspirou mini-séries de televisão, documentários e filmes.

O AUTOR

Aimberê Araken Machado é autor da crônica “Um certo Érico Veríssimo” (publicada em coletânea em 1982), e dos livros Drama e Genialidade em Euclides da Cunha (2002), Atentados da Era Vargas (2004) e O V da Vitória: II Guerra Mundial (2005), todos pela Editora Insular. Nasceu em Araranguá, Santa Catarina, em 1939.

Esta edição nos apresenta um escritor consagrado – Érico Veríssimo – que conquistou grande êxito junto ao público. Com farta e substanciosa produção literária, e notável repercussão nacional e internacional de seus livros, muitas vezes foi severamente julgado por alguns críticos. Mas este rigor com sua obra não lhe rendeu o devido reconhecimento, como muitos lamentam. Neste livro, Aimberê Araken Machado nos mostra um certo escritor, de vez em quando incompreendido, mas apaixonado pela literatura, culto e cosmopolita, de estilo direto e simples, ao mesmo tempo sofisticado e erudito, humanista e solidário, acima de tudo um prosador agradável. Este ensaio literário penetra na intimidade e revela aspectos pouco conhecidos, curiosos e interessantes da vida e de algumas obras de Érico Veríssimo, o Tibicuera.