Descrição
Autora: Cleidi Pereira
ISBN: 978-65-88401-84-2
Páginas: 164
Ano: 2021
Em uma América Latina que já nasceu católica e que vivencia o fenômeno do avanço neopentecostal, somente três dos 20 países possuem legislações que garantem à mulher a autonomia sobre o seu próprio corpo, permitindo a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). Este livro busca compreender as divergências nas políticas públicas sobre direitos reprodutivos a partir de uma análise comparativa dos casos da Argentina, Brasil e Uruguai – países que compartilham semelhanças, como um passado de autoritarismo e uma série de governos de esquerda, mas que percorreram caminhos distintos.
Quando Cleidi Pereira escolheu investigar por que razão na católica América Latina o aborto era livre apenas em Cuba e no Uruguai, e não no Brasil, nem na Argentina (porém, legalizado há pouco) – ou seja, a questão de saber em que circunstâncias ocorrem processos históricos de descriminalização do aborto – eu logo entendi a pertinênica e o alcance da sua pesquisa. Pensado o Brasil e a América Latina no espelho de Portugal e da Ibéria, também eu matutava, com Caetano e Gil, sobre o país em que “o venerável cardeal” vê “tanto espírito no feto//E nenhum no marginal” (Haiti).
(…) Estou certo que este livro constituirá uma referência para os estudos politológicos e históricos sobre o tema da despenalização do aborto e dos direitos reprodutivos – não apenas no Brasil, nem só na América Latina – seja pela elevada qualidade e rigor científico, seja pelo fôlego comparativo, seja ainda pelo contributo para a discussão teórica e científica, seja, muito em particular, pelo entusiasmo com que foi investigado, escrito – e discutido. Rui Branco, em trecho do Prefácio
Cleidi Pereira
Natural de Maravilha, Santa Catarina, Cleidi Pereira é jornalista e mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa. Foi repórter dos jornais Correio do Povo e Zero Hora, em Porto Alegre, tendo recebido diversos prêmios por reportagens nas áreas de política, economia e direitos humanos.
Avaliações
Não há avaliações ainda.