Descrição
Autora: Beatriz Alcaraz Marocco
ISBN: 978-85-7474-964-8
Páginas: 172
Peso: 280g
Ano: 2016
“O jornalismo, aqui, é pensado pelos sujeitos que o exercitam, que dele fazem lugar para a recolha do tempo presente. Os e as jornalistas falam de si, e a escuta atenta da pesquisadora permite acessar o jornalismo para além das redações, dos manuais e de ferramentas que comumente são acionadas ao tentar explicá-lo.
A pesquisadora propõe olhar para o jornalismo por meio da crítica das práticas jornalísticas.”
Angela Zamin
Este livro materializa movimentos de minha trajetória de pesquisadora em jornalismo e a memória de meu passado de repórter. Certamente, o trabalho em jornais e revistas influenciou o modo de me aproximar do empírico, em sua elaboração no quadro de uma crítica das práticas jornalísticas. O trabalho como professora-pesquisadora me fez refletir inúmeras vezes sobre a distância artificial que se produz entre o mundo acadêmico e a prática. A teoria não faria sentido se não ecoasse o fazer jornalístico. Às vezes não faz, mas isso já é uma outra história. Em diferentes fóruns, venho sendo incentivada a usar este lugar de memória às margens da pesquisa acadêmica. Já ouvi igualmente de muitos pesquisadores que lançar mão de uma caixa de ferramentas que herdei do ambiente profano das mídias poderia desqualificar a pesquisa.
(…)
Em uma associação entre Foucault e Giddens, a entrevista – como método para a prática do jornalismo e para a pesquisa – foi utilizada como modo de acesso à consciência discursiva dos repórteres. Foi possível, com a entrevista, observar e descrever o saber que circula ininterruptamente nas redações, os procedimentos de controle discursivo e, entre eles, o “comentário”, que foi pensado, primeiramente, como um novo espaço singular para o jornalismo, nos “livros de repórter”.
Beatriz Alcaraz Marocco
Beatriz Marocco é jornalista, pesquisadora e professora da graduação e pós-graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Dedicou-se à prática jornalística e nos últimos 20 anos tem realizado ações de pesquisa voltadas ao estudo da constituição do jornalismo, sendo os jornais do século XIX objeto inicial de suas observações. Pistas encontradas nestes discursos acionaram uma imersão em objetos do agora que foram sendo investigados, analisados, organizados e delineados historicamente no subcampo teórico de uma crítica das práticas jornalísticas. O “livro de repórter” e a autorialidade jornalística são o ponto de chegada desta trajetória.
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