Descrição
Organizadores: Francisco José Castilhos Karam e Samuel Lima
ISBN: 978-85-7474-897-9
Páginas: 192
Peso: 225g
Ano: 2016
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O jornalismo pode ser analisado de diversas formas. Neste livro, ele é observado em dois planos: o que exerce uma crítica aos seus procedimentos e o que ressalta a necessidade de se alcançar altos padrões éticos. Seis autores se debruçam sobre coberturas cotidianas e apontam como o jornalismo pode ser aperfeiçoado, como pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e como pode satisfazer mais as demandas dos públicos.
O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) é uma iniciativa acadêmica de pesquisa e extensão que surgiu em 2009 no Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Sua criação está ligada a objetivos bem claros: desenvolver estudos sobre as condutas dos jornalistas e das organizações jornalísticas, e incentivar debates em torno da ética na mídia. Para manter essa dupla função, seus criadores basearam o projeto na internet, num site que pudesse armazenar relatos de pesquisa, análises, resenhas e outros materiais sobre o assunto. Além de um repositório inédito de conteúdos especializados em ética jornalística em português, o site também funciona como ponto de encontro daqueles que se interessam pelo tema.
Em sete anos de intensa produção, o objETHOS, aglutinou pesquisadores de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado não apenas em torno de deslizes éticos ou problemas deontológicos. Discutimos também as muitas dimensões da crise que se abate sobre o jornalismo e as muitas transformações culturais e tecnológicas que têm atravessado esse campo de atuação. Algumas das reflexões mais contundentes e perenes estão reunidas neste livro, como uma prestação de contas ao público e como uma maneira de recuperar e organizar informações dispersas.
Tanto no site quanto nas páginas a seguir, a preocupação tem sido alimentar debates em alto nível de argumentação sem que sejam sacrificadas a clareza e a possibilidade de públicos mais abrangentes participarem. De nada valeria se a discussão ficasse confinada na academia! É essencial que as redações, os gabinetes de imprensa e as cúpulas das organizações sejam contagiadas a debater seus padrões éticos e de qualidade. É também necessário que setores interessados da sociedade se apropriem desses temas e se envolvam, para que se façam ouvir. Assim, reforçamos um outro aspecto fundamental do objetos: exercer a crítica de mídia, contribuindo para o aperfeiçoamento do jornalismo e para o desenvolvimento de uma leitura menos passiva dos meios de comunicação. É para isso também que existem os observatórios de mídia. Neles, as organizações e seus profissionais são vitrines e vidraças, mas também espelhos. Permitem que observemos a realidade, que a julguemos, e que enxerguemos ali nossos reflexos.
Rogério Christofoletti, professor do Departamento de Jornalismo da UFSC e um dos criadores do objHETOS.
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