Muy hermanos: uma disputa hegemônica entre Brasil e Argentina

R$89,00

20 em estoque

Categorias: , , , SKU: 978-85-524-0485-9

Descrição

Autor: Eliton Felipe de Souza
Prefácio: Rodrigo A. Sartoti
ISBN: 978-85-524-0485-9
Páginas: 306
Peso: 410G
Ano: 2024

15×21 cm

***
A ditadura militar é, ainda, um problema a ser resolvido no Brasil. O que autoriza um deputado, dentro da Câmara Federal e com transmissão ao vivo em rede nacional, a fazer odes à tortura e à ditadura? Por qual razão pessoas vão às ruas pedir a volta da ditadura militar? Por que torturadores e ditadores ainda nomeiam logradouros públicos no Brasil? Dizer que isso se deve à ignorância política e histórica da população é uma resposta que, embora possa carregar verdade, está longe de responder efetivamente tais questionamentos e colaborar na resolução desse problema no Brasil (…) Este livro é, sem dúvidas, um trabalho fundamental para ajudar a responder às perguntas feitas inicialmente. Eliton Felipe de Souza consegue demonstrar que não é apenas a ignorância que faz a ditadura militar permanecer em nossos dias, há vários outros interesses ainda muito vivos. Neste livro, temos uma historiografia crítica, comprometida e que não teme dizer seu nome. Como o próprio autor indica, há, aqui, uma História do Sul vista e feita pelo Sul.
Rodrigo Sartoti,
Prefácio à edição brasileira
***
Resultado de intensa pesquisa realizada entre os anos de 2015 e 2019, esta obra é pautada pela memória de um período que segue obscurecido pelo interesse de uma elite política que mantém raízes profundas na ditadura militar. (…)
A atuação constante da diplomacia brasileira foi preponderante para a ampliação da área de influência de Brasília no continente e isso fica claro quando analisamos os documentos produzidos pelos representantes do Itamaraty nos países vizinhos, bem como nos relatos das reuniões envolvendo o ditador brasileiro, general Médici, e o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.
Por sua vez, a diplomacia argentina tentava se contrapor aos intentos brasileiros, mas possuía problemas maiores para resolver no continente: primeiro, no conflito com o Chile pelo controle do Estreito de Beagle; segundo, na disputa pelas Malvinas contra a Inglaterra, evento que acabou levando efetivamente à guerra.
Como representante dos interesses estadunidenses na região, o Brasil acabou por se impor frente aos argentinos, atuando sob o manto do que Ruy Mauro Marini chamou de subimperialismo, em que o poder hegemônico local era apoiado pelos imperialistas de Washington contanto que os interesses destes não fossem atingidos.
O continente inteiro foi obrigado a pagar a conta desta disputa. Governos foram derrubados e ditaduras instauradas de acordo com os desejos de Brasília e Buenos Aires e contar esta história é o que este livro pretende.
***
Eliton Felipe de Souza realiza estágio pós-doutoral pelo Programa de Pós-Graduação em História do Tempo Presente da Universidade do Estado de Santa Catarina, é doutor pelo mesmo PPG, mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina e graduado em História pela Universidade da Região de Joinville. Vencedor do prêmio de melhor pesquisa de 2023 da Rede de Arquivos Diplomáticos Ibero-Americanos. Autor de Eu também fui torturado: feridas abertas da ditadura militar brasileira (2021).

Informação adicional

Peso 500 g
Dimensões 15 × 21 cm

Avaliações

Não há avaliações ainda.

Seja o primeiro a avaliar “Muy hermanos: uma disputa hegemônica entre Brasil e Argentina”

Você também pode gostar de…