Descrição
Autor: Fred Staal
ISBN: 978-85-524-0446-0
Páginas: 122
Peso: 185g
Ano: 2024
16x18cm
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Cacupé, bairro de Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina. Um longo distrito-aldeia, delimitado pelo mar, aberto a caminho dos Açores. Um lugar, escondido, longe da cidade que o abriga e tem o protegido por tanto tempo. Um lugar onde calma e serenidade foram transportadas durante séculos pelo espírito dos Guarani que ali viveram.
Fred Staal, músico e poeta, apresenta-nos este lugar através de uma centena de mini-haibuns, percepções delicadas de pormenores insignificantes: pendurar uma rede na varanda, provar pitangas, observar as redes dos pequenos pescadores de camarão etc…
Pouco a pouco, este ambiente encantatório que canta o autor vai ganhando forma numa prosa pontilhada de haicais, tantos silêncios que pontuam as suas palavras.
Para apreciar esse conjunto, é preciso esquecer o andamento tradicional do haicai, ou mesmo considerar que a poesia do haicai, tendo nenhum limite, se confunde com pensamentos ou poesia breve.
O melhor é esquecer todas essas considerações teóricas e ficar ali, balançando na rede, para aproveitar essa viagem tão exótica quanto prazerosa…
Nascido em 1968, Fred Staal é francês, mas também se considera como um brasileiro “de adoção”.
Primeiro musicólogo e organizador de eventos culturais, depois padeiro de primeira e atualmente fotógrafo, cada vez é a paixão que orienta as suas escolhas de vida. Mesmo que se defina como poetista, escritador, fotogravista e musicador, para ele a poesia é uma arte vital, a arte que faz a ligação. Fred já é autor de vários livros na França.
Desde muito jovem se apaixonou pelo Brasil. Primeiro a sua música, a sua poesia e depois a sua língua: este português brasileiro tão particular… Foi morando durante um tempão em Florianópolis, em Cacupé, que descobriu a poesia de Mario Quintana: um choque!
O Fred adora traduzir e brincar com as palavras das duas línguas e no coração dele sempre tem essa parte de Manezinho da ilha.
Artista multitalentoso, Fred encontra sua arte na simplicidade e no poder da imagem. A poesia é sua forma favorita de construir entrelaçamentos. Seu trabalho reflete sua personalidade com mãos abertas, profundidade leve e olhar risonho, tornando sua obra cativante.
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