Descrição
Autor: Henrique Duarte Neto
ISBN: 978-85-7474-940-2
Páginas: 110
Peso: 160g
Ano: 2016
Autor de livros sobre as obras poéticas de José Paulo Paes e de Augusto dos Anjos, Duarte Neto ainda é um ensaísta pouco conhecido no meio literário, fato que em parte se explica por ser ele residente de Taió, discreta cidade do interior de Santa Catarina. Embora autor de seis livros e radicado na metropolitana Campinas, Ricardo Lima também não goza da visibilidade a que sua obra faz jus. Assim, este livro já estampa um fator primeiro de sua pertinência: a efetivação do encontro de nomes que não se encontram costumeiramente nas páginas correntes da literatura brasileira contemporânea. Some-se a isso que o presente trabalho não decorre de um expediente de final de curso de pós-graduação, instaurando-se antes pela paixão e vocação, algo que ilustra a capacidade produtiva de seu autor.
(Texto do Prefácio de Marcos Pasche)
Henrique Duarte Neto nasceu em primeiro de novembro de 1972, em Taió, estado de Santa Catarina, filho de Ary Duarte (in memoriam) e Marta Zanella Duarte. Possui graduação em Filosofia (UFSC) e em Letras-Português (UNIGRAN), bem como mestrado e doutorado em Literatura, pela UFSC. Atualmente, realiza Pós-doutoramento em Estudos Literários, pela UFPR. Este é seu quarto livro, o terceiro de crítica literária. É divorciado e pai de Helena e Francisco. Entre suas atividades profissionais foi professor no Ensino Superior da UNIDAVI. Funcionário público, é um amante das artes, especialmente da poesia, da música e do cinema. Considera a genuína efusão lírica, nesta época de banalização da imagem, como promotora de uma “Ilusão vital” (Baudrillard), ou seja, de evocação do mistério prolífico, de uma poética criadora.
É autor dos livros H. Errante ( 2014), A Noite Enigmática e Dilacerante de Augusto dos Anjos (2011) e O Humor Cáustico no Universo da Meia-Palavra: Sátira e Ironia na Poesia de José Paulo Paes (2006), também publicou vários artigos em periódicos, jornais e revistas.
“(…) tendo o tempo por leitmotiv, como fio condutor da trama imagética erigida pelo autor paulista, alcança-se contornos surpreendentes e de grande importância nesta poesia afeita, pela exploração da imaginação, à irrupção de uma beleza ressignificada e, como mostraremos, de relevância para os dias hodiernos. Tal beleza representa o avivamento do sublime, do maravilhoso, perseguição do artista.
(…)
(…) o surrealismo e o expressionismo serão pontes para adentrarmos o universo poético limiano, visto que as afinidades com estas estéticas são muitas vezes não só possíveis, como agudas e justificáveis.
Além disso, nosso ensaio não visa ser um trabalho analítico sobre a obra poética de Ricardo Lima, mas mais simplesmente um sobrevoo panorâmico, um grande fragmento sobre essa produção literária.”
Henrique Duarte Neto
pessoas se perdem
vizinhos mudam da infância
amigos somem de tempos em pentes.
família morre
amor passa
cidades partem.
as tardes
não as recebo mais.
(LIMA, 1994, p. 26)
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